
D.R
A falta de “condições razoáveis de funcionalidade” continua a impedir a definição de estratégias globais integradas para combater os atos de pirataria e outros crimes no espaço marítimo do Golfo da Guiné, afirmou hoje em Luanda fonte oficial.
A preocupação foi manifestada pelo secretário executivo da Comissão do Golfo da Guiné, o antigo Presidente de São Tomé e Príncipe, Miguel Trovoada, na abertura da reunião de peritos, preparatória da VII sessão ordinária do conselho de ministros da organização, a realizar-se nas próximas quinta e sexta-feira, em Luanda.
Segundo Miguel Trovoada, citado pela agência noticiosa angolana Angop, a comunidade internacional, “plenamente consciente dos desafios cujas repercussões vão além da fronteira regional”, tem-se empenhado, em estreita cooperação e coordenação com os Estados diretamente afetados, na busca de vias e meios para o alcance dos objetivos.
Contudo, faltam definir estratégias globais e integradas, suscetíveis de enfrentar com eficácia e eficiência os desafios que se colocam aos países membros, e que para Miguel Trovoada constitui um dos objetivos para acabar com os constantes ataques piratas no espaço marítimo da região.
“É uma dinâmica em que a Comissão do Golfo da Guiné está inserida e, nesta perspetiva, é necessário e urgente que ela possa dispor de condições razoáveis de funcionalidade, com relevo particular para os recursos humanos, cuja carência persistente penaliza gravemente os resultados dos esforços despendidos”, sublinhou Miguel Trovoada.
Os peritos vão analisar os projetos elaborados pela conferência interministerial da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da Comissão do Golfo da Guiné sobre segurança marítima na região.
O relatório da reunião de peritos militares, realizada a 12 de março deste ano, deverá também ser adotado neste encontro de Luanda, bem como o documento intitulado “As linhas mestras da estratégia da CGG para a paz e segurança na região”.
O plano de ação e o orçamento de 2013 da Comissão do Golfo da Guiné, o logótipo, a bandeira da organização e o relatório do secretariado executivo vão ser igualmente trabalhados pelos peritos.
A Comissão do Golfo da Guiné foi criada em novembro de 1999 e integra Angola, Camarões, Gabão, Guiné Equatorial, Nigéria, República do Congo, República Democrática do Congo e São Tomé e Príncipe.
(lusa.pt)