Pelo menos 30 cirurgias ilegais foram realizadas na clínica em Pristina
Foto: CARLOS LOPES
Um tribunal no Kosovo condenou, nesta segunda-feira, cinco médicos por tráfico e transplante ilegal de órgãos, através de uma rede com ramificações na Europa, América do Norte e Médio Oriente. Os cinco homens operavam através da clínica Medicus, em Pristina, encerrada em 2008 depois de um homem ter sofrido complicações graves após ter-lhe sido removido um rim.
A pena mais pesada foi aplicada ao urologista Lutfi Dervishi, sentenciado num tribunal da missão europeia de polícia e justiça, a Eulex, com oito anos de prisão. O seu filho, também médico, Arban Dervishi, foi condenado a sete anos e três meses de prisão. Três outros arguidos vão cumprir uma pena entre um e três anos. Dois outros suspeitos neste processo, um deles Ilir Rrecaj, antigo responsável do Ministério da Saúde kosovar, foram absolvidos pela Eulex, missão encarregada dos dossiers mais sensíveis em matéria criminal no Kosovo.
Durante as investigações e no julgamento, Ilir Rrecaj admitiu que foram feitos transplantes ilegais na clínica Medicus, negando, no entanto, ter estado envolvido em qualquer das intervenções.
Os cinco homens agora condenados eram acusados de crime organizado e exercício ilegal de actividades médicas, segundo a acusação apresentada pelo procurador europeu Jonathan Ratel. O caso foi julgado por dois juízes apontados pela União Europeia e um magistrado kosovar. Ler mais
(publico.pt)