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    Benguela vai aumentar produção de água potável no litoral

    Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges (ANGOP)
    Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges (ANGOP)

    Benguela – A província de Benguela vai trabalhar, até 2017, no sentido de aumentar a produção de água tratada de 1.5 metros cúbicos por segundo para dois metros cúbicos, com vista a atender uma demanda de 2.600 mil consumidores da sua zona litoral (Baía Farta, Benguela, Catumbela e Lobito), servida por um sistema integrado.

    A garantia foi dada no último fim-de-semana, na localidade do Luongo (Catumbela), pelo director nacional das Águas, Lucrécio Costa, pouco depois de uma reunião de trabalho entre o titular do pelouro , e responsáveis da empreiteira Odebrecth, encarregue do Programa Águas de Benguela (PAB).
    Segundo o mesmo responsável, a zona litoral de Benguela regista um crescimento demográfico na ordem de 5 porcento/ano, o que é bastante “impressionante e estressante do ponto de vista operativo”.
    Admitiu haver carência de água relativamente às necessidades de captação e tratamento, o que leva a que, por exemplo, o Centro de Benguela tenha uma distribuição de apenas dez horas, contra as 24/24 necessárias.
    A elevação da capacidade de produção, ora aprovada pelo ministro Baptista Borges, insere-se num projecto designado “Acções complementares a III fase do PAB” e, segundo o director nacional das Águas, vai compreender, entre outras realizações, a construção de 18 novos reservatórios (em diferentes localidades) para colmatar essa carência.
    Prevê-se ainda a construção de estruturas para o tratamento da macro-drenagem das águas residuais, pois o seu tratamento ainda continua a ser feito através de bacias de oxidação, um sistema que do ponto de vista técnico já não corresponde.
    Disse que o projecto das águas em Benguela está a consumir 280 milhões de dólares norte-americanos, além de outros duzentos milhões que serão aplicados para a macro-drenagem.
    “É uma transformação sem precedentes, porque é um processo nunca realizado”, afirmou o mesmo responsável, apontando a possibilidade de oferecer entre 800 a 1.300 postos de trabalho às populações do litoral de Benguela como outra vantagem destas obras que, até a conclusão da PAB III, dispunha de mil e 200 empregados.
    Devido aos avanços que Benguela regista no domínio das águas, através da implementação do Programa Águas de Benguela (PAB), Lucrécio Costa anunciou que a partir do ano 2014 a província vai passar a acolher as Jornadas Nacionais das Águas, que se converterão num sistema de treinamento “on-job”, com a participação técnicos provenientes das 18 províncias do país.
    Por seu lado, o vice-governador para a área de infra-estruturas, Henrique Calenga, manifestou o regozijo do Governo e população de Benguela pela conclusão exitosa da fase III do PAB, o que, segundo o responsável, está a permitir que o líquido chegue a muitos bairros periféricos da zona litoral de Benguela.
    “Senhor ministro, nós estamos satisfeitos, a população de Benguela está muito satisfeita, porque está a colher, está a viver os resultados desse trabalho”, declarou Henrique Calenga logo após a apresentação pela Odebrecth de um vídeo sobre as obras complementares que serão executadas para aumentar a capacidade de produção e regularizar as águas residuais.
    “Os resultados esperados foram alcançados em primeira mão”, enfatizou o vice-governador de Benguela que responde pelas infra-estruturas.
    No vídeo exibido nas instalações da empreiteira brasileira em Angola  descreve-se a necessidade de se atender a expansão urbanística das cidades de Benguela, Catumbela, Lobito e da Baía Farta, regiões com um crescimento demográfico e industrial muito acelerado.
    Estima-se que o litoral centro angolano seja habitado por mais de dois milhões e 600 mil munícipes, com Benguela em primeiro plano (1.340 mil habitantes), seguido do Lobito (um milhão) e Catumbela e Baía Farta, com 200 mil e 60 mil almas respectivamente.
    Depois da jornada de trabalho que o levou sábado até à comuna do Biópio (Catumbela), além de ter visado também a Central Térmica da Kileva, no Lobito, o ministro João Baptista Borges não falou à imprensa. (portalangop.co.ao)

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