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    Presidente de transição da Guiné-Bissau garante que eleições são este ano

    Serifo Nhamadjo D.R
    Serifo Nhamadjo
    D.R
    O Presidente da transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, garantiu hoje que as eleições gerais do país serão ainda este ano.

    “Este ano haverá eleições”, disse o Presidente respondendo a perguntas dos jornalistas no aeroporto de Bissau, no dia em que regressou ao país após mais de um mês ausente, por motivo de doença.

    A comunidade internacional tem sido unânime em exigir a formação de um governo inclusivo e a divulgação de uma agenda de transição, que contemple a realização de eleições ainda este ano. Alguns políticos e as chefias militares têm defendido eleições só em 2014.

    “Antes de a comunidade internacional exigir nós já tínhamos dito que a inclusão será apanágio da nossa orientação, haverá um governo de inclusão no qual todas as forças poderão contribuir”, garantiu Serifo Nhamadjo.

    O Presidente não fixou uma data mas disse que o novo governo está para “breve”. “Deem-me tempo para beber um copo de água, reunir-me com todos os responsáveis, com todas as forças vivas, para depois me pronunciar”, disse, acrescentando acreditar que se os guineenses conseguirem consenso a “comunidade internacional será chamada a participar”, apoiando a realização das eleições.

    Serifo Nhamadjo partiu a 20 de março para a Nigéria, numa viagem programada para ser rápida e destinada a consultas com o seu homólogo Goodluck Jonathan. Na altura da partida disse que já havia consenso quanto à agenda do período de transição.

    A ausência de Serifo Nhamadjo acabaria por se prolongar por 40 dias, tendo viajado da Nigéria para a Alemanha para fazer tratamento médico. Na Alemanha, disse hoje, esteve sempre entre o hotel e o hospital. Regressou a Abuja (Nigéria) na passada sexta-feira, “para agradecer ao Presidente Jonathan”, e hoje voltou a Bissau.

    A prolongada ausência, e a falta de informações detalhadas sobre a sua saúde, levaram a muitas especulações em Bissau que hoje Nhamadjo classificou de saídas “da cabeça dos imaginários” e de “visionários que pensam em coisas e as traduzem numa realidade”.

    Para Serifo Nhamadjo tais especulações são normais, porque há sempre quem “deseja e pense mal” de qualquer Presidente, mesmo os “mais democraticamente eleitos”, e por isso inventa situações.

    Serifo Nhamadjo, visivelmente debilitado, afirmou-se feliz por estar de regresso e agradeceu todas as manifestações de solidariedade que foi recebendo nos últimos 40 dias, acrescentando que perdoa aos que nesse tempo lhe desejaram mal.

    “Já estou pronto para dar a minha contribuição”, disse Serifo, que chegou a Bissau a bordo de um avião da Força Aérea da Nigéria.

    Quanto à prisão do antigo chefe da marinha Bubo Na Tchuto, pelos Estados Unidos, que também acusaram o atual chefe das Forças Armadas, António Indjai, de envolvimento em tráfico de droga e de armas, Serifo Nhamadjo não fez comentários.

    “Estive em tratamento, vou reunir-me com os responsáveis para ter mais detalhes e a partir daí fazer o meu juízo”, justificou.

    A Guiné-Bissau vive um período de transição desde o ano passado, na sequência de um golpe de Estado a 12 de abril. O período de transição deveria terminar em maio mas foi prolongado até ao final do ano.

    (lusa.pt)

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