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    Ex-PM angolano Marcolino Moco não descarta candidatura presidencial

    D.R
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    Marcolino Moco, antigo primeiro-ministro angolano e militante de base do MPLA, partido no poder, disse hoje em Luanda que não descarta uma candidatura presidencial, mas reconhece ser ainda muito cedo para se pensar no assunto.

    “Tenho procurado ser um traço de união. Continuo a dizer que sou do MPLA e estou aberto a todas as forças, porque eu considero que a reconciliação no país não foi feita. Então talvez uma figura mais velha, como eu, com alguma visibilidade possa fazer esse papel, porque infelizmente aqui (em Angola) há muito pouca gente interessada”, disse.

    Marcolino Moco, que falava à imprensa no final da sessão de abertura da II Convenção Nacional Extraordinária do Bloco Democrático, partido angolano sem representação parlamentar, tem sido o denominador comum, na qualidade de convidado, em reuniões magnas de forças da oposição.

    Desafiado a dizer se estava disponível para colocar o seu capital político e visibilidade ao serviço de uma candidatura presidencial respondeu: “poderá acontecer um dia ou não poderá acontecer. Isso não me preocupa absolutamente nada”, disse.

    “Acha que é o momento para pensarmos em presidenciais? Eu não tenho essa preocupação. Eu não estou a trabalhar para ser plataforma da oposição. Eu estou a trabalhar na plataforma nacional, a fazer um apelo para que esse país desperte”, acrescentou.

    Marcolino Moco, que foi o primeiro secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e secretário-geral do MPLA, voltou a criticar o regime do Presidente José Eduardo dos Santos, que disse apresentar-se como “democrático”.

    “Temos um regime que se apresenta como democrático, mas que tem uma atração que não se distancia muito dos regimes autoritários ou até mesmo ditatoriais”, acentuou.

    Somente numa ocasião os eleitores angolanos votaram para eleger um Presidente da República por voto direto.

    Foi em 1992, e a segunda volta não se chegou a realizar, porque Jonas Savimbi e a UNITA recusaram os resultados das legislativas e da primeira volta das presidenciais, após o que se reiniciou a guerra civil angolana.

    Em 2008, na segunda vez que os angolanos foram às urnas num sistema multipartidário, apenas foi eleita a Assembleia Nacional.

    Em agosto de 2012, foi novamente eleita uma nova Assembleia Nacional, e o Presidente da República foi eleito por via indireta.

    José Eduardo dos Santos, por ser o primeiro nome da lista apresentada pelo MPLA pelo círculo nacional, em que foi o partido mais votado, tornou-se automaticamente Presidente da República.

    As próximas eleições gerais em Angola estão agendadas para 2017.

    (notícia actualizada)

    (lusa.pt)

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