
A fazenda Pérola do Kikuxi, em Viana, tem 130 mil aves em processo de criação numa nave com dez filas de gaiolas. Num futuro próximo, vão transformar-se em “máquinas” de fabricar ovos, dia após dia. Antes disso, são submetidas a condições e alimentação específicas para que os resultados sejam efectivos. Cada galinha pode produzir, em ambiente controlado, um ovo por dia, durante um ano.
Com 18 anos de existência, a fazenda produz, em média, 25 mil ovos por dia. Em breve, 25 mil poedeiras ainda em crescimento passam para as chamadas posturas, para aumentarem a produção de ovos, uma aposta tida como estratégica do ponto de vista do negócio para apoiar outras áreas.
“A meta é produzirmos um milhão de ovos por dia até ao fim do ano”, diz Elizabete Dias dos Santos, administradora da Pérola do Kikuxi.
Com a produção integrada, a fazenda pretende reduzir os níveis de importação de ovos, um objectivo que outros aviários também localizados no Kikuxi perseguem com férrea determinação, através de uma produção digna de realce, como é o caso da estação Granja Santa Maria, Socopraves e fazenda Mato Grosso.
Na Pérola estão disponíveis as naves para as posturas. O cuidado e tratamento que é dado às galinhas são meticulosamente controlados. Cada galinha tem um espaço mínimo onde se alimenta, bebe, evacua e põe ovos, que de imediato vão para um corredor comum, onde são recolhidos para classificação e embalagem.
Na nave das crias, os pintainhos crescem com música de fundo. O género não é importante. Tal como o ambiente é rigorosamente controlado, os decibéis da música também o são. “A música livra-os de eventuais sustos causados pela entrada de pessoas no recinto. Se eles se assustarem podem amontoar-se e morrer asfixiados”, diz o director para as operações da fazenda, Gil Vieira.
Actualmente, há uma série de naves e silos a serem construídos. O trabalho é intenso e cada minuto é milimetricamente aproveitado para que os objectivos traçados sejam atingidos. Quando todas as obras ficarem concluídas, a empresa vai funcionar de modo integrado e atingir máximos de produção, concentrando num só lugar um centro de classificação de ovos, um matadouro e um de produção de cereais e ração, além de outras áreas.
“O sucesso deste tipo de projectos passa por factores como a paixão, determinação e objectivos. A construção das estruturas e instalação de tecnologias são feitas há um ano. Temos realizado sérios investimentos. Fazer crescer e consolidar a indústria nacional depende do binómio tecnologias e recursos humanos qualificados”, explica Elizabete Dias dos Santos.
Com 112 trabalhadores, o local está equipado com aparelhos automatizados. “Queremos projectos de excelência e isso consegue-se com tecnologias e quadros bem preparados. Temos de olhar para os projectos de modo estruturado. Não se deve continuar a achar que a industrialização se vai fazer com catanas e enxadas”, acrescenta. Os desafios da indústria nacional são inúmeros. mas o certo é que vai ser necessária mão-de-obra de quadros qualificados para esta empreitada.
Protecção da indústria
A administradora da Pérola do Kikuxi considera importante que o Executivo crie medidas de protecção à produção nacional, pois caso contrário este trabalho de nada vai valer. “Não é o que se pretende. A importação só faz sentido para bens que a produção nacional não consegue cobrir”, realça, sublinhando que é fundamental existir uma responsabilidade triangular, assente no produtor, que deve produzir com qualidade, no consumidor, que deve começar a aumentar o seu grau de exigência, e no Executivo, que deve criar medidas de protecção para o que é nacional.
Na sua perspectiva não se trata apenas de uma questão de pauta aduaneira, mas também de intervenção do Estado, tal como aconteceu com o sector automóvel e com a água mineral. A importação de ovos, defende a administradora, não pode ser feita por qualquer pessoa e quem o faz tem de ter consciência disso, pois está em causa a saúde das pessoas. “Quantas vezes se abrem ovos cujas gemas estão diluídas na clara?”, questiona, acrescentando que o ovo passa por constantes choques térmicos até chegar ao consumidor, o que compromete a sua qualidade e, em consequência, a saúde das pessoas, principalmente se tiver completado 30 dias. “O ovo nacional ou importado deve ser consumido no prazo máximo de 28 dias, de modo a garantir que mantém a qualidade necessária para consumo humano. Além disso, é preciso identificar o lote, para que se saiba a sua origem e se faça também o cruzamento de informações entre o Executivo, importadores e produtores nacionais”, defende Elizabete Dias dos Santos.
O escoamento e a comercialização são questões muito complicadas para os produtores nacionais, devido à indefinição de quotas sobre a quantidade a importar e a produzir internamente. “Hoje, qualquer pessoa pode importar ovos, havendo situações em que as grandes superfícies recusam a produção nacional por existir um excesso de importação a preços baixos”.
Segmento dos frangos
Depois de produzirem centenas de ovos durante um ano, as poedeiras são levadas para o matadouro, onde são abatidas em condições de segurança e higiénico-sanitárias recomendáveis. “Os nossos matadouros obedecem a todos os requisitos de saúde, segurança e higiene exigidos a nível europeu. Quando Angola começar a exportar isso significa que cumprimos todos os requisitos”, refere. O mercado dos frangos, à semelhança do que acontece com o dos ovos, também é confrontado com o problema da importação, que chega a território nacional a preços baixos em relação ao produtor nacional, que tem o problema da energia e da água. Aliado a isso, está, não raro, o custo da ração. “Nós não temos cereais. Importamo-los, daí ser difícil estabelecer um preço ao nível do produto importado. É impossível”.
A produção nacional já dá resposta às necessidades do mercado interno, mas Elizabete Dias dos Santos sugere mais organização do empresariado nacional, que deve ser transparente e sobretudo responsável. “Não podemos trabalhar apenas para Dezembro. Uma estrutura organizada faz uma gestão e programação anual com resultados no dia-a-dia”, diz.
Um olhar optimista
Olhar para a produção nacional com “carinho” e para a indústria com optimismo é o modo como a administradora da Fazenda Pérola do Kikuxi encara esses dois eixos da economia. “Não podemos olhar só para o lucro, pois compra e venda todas as pessoas fazem. O importante mesmo é criarmos estruturas, trazer tecnologias e dar ênfase à protecção das empresas produtoras, públicas ou privadas”. Além dos aviários de Luanda, com realce para a Angolaves, Avinova, Granja Santa Maria, Socopraves, fazendas Mato Grosso e Pérola do Kikuxi, existem outros fora de Luanda com produção de monta, como o Agrícola Cacanda, a quatro quilómetros do Dundo, Lunda-Norte, que deve produzir mais de cinco milhões de ovos por ano e criar mil cabeças de gado bovino, num prazo de três anos. Com uma área de dez hectares, está orçado em 2,9 mil milhões de kwanzas e é financiado pela linha de crédito de Israel. As províncias do Huambo, Malange e Kwanza-Sul têm garantido produções significativas.
Um sector de bandeira
O segmento da produção aviária nacional cresce a ritmo acelerado e para o reforçar o Programa Angola Investe define a avicultura como um “sector de bandeira”. O ministro da Economia, Abraão Gourgel, visitou recentemente os aviários nacionais no Kikuxi, onde foi observar os métodos de produção e identificar os principais problemas na execução do programa.
O ministro passou pelas estações da Granja Santa Maria, Socopraves e pelas fazendas Mato Grosso e Pérola do Kikuxi. “O Programa Angola Investe vai relançar o sector avícola, com o aumento em 23 por cento da produção nacional, para uma cobertura de 50 por cento até 2015. Pensamos alcançar a produção de um milhão de ovos até Abril do próximo ano e vamos conceder aos avicultores linhas de crédito e garantias desse Programa”, acentuou Abraão Gorgel, numa altura em que diz estarem identificados os principais problemas dos investidores avícolas na comercialização de produtos no mercado nacional. “Pretendemos reforçar a produção de rações, milho e soja e o surgimento de mais incubadoras para garantir a produção avícola”, referiu. O Executivo disponibilizou uma linha de crédito de 12,5 mil milhões de kwanzas, 2,5 mil milhões dos quais com juros bonificados e dez mil milhões como garantias de crédito. (jornalcdeangola.com)
ola amigos da pérola do kikuxi estão de parabéns por levantar a fazendo esperou que recrutem mais trabalhores que estão na área ma mateia que não trabalham. valeu
Boa tarde caros Sr. da Perola de Kikuxi, fiquei muito impressionado com o vosso mega projecto, e dizer vos que senti-me logo atraido de fazer parte do vosso mega projecto forecendo assim a minha mao de Obra ou força de trabalho. gostaria encarecidamente vos solicitar que enviem-me o vosso e-mail para mim enviar-vos o meu CV para vossa apreciaçao
OLA! VENHO POR ESTE MEIO INFORMAR, QUE FABRICA DE CARTOES DE OVO LOCALIZADA EM LUANDA, DIZER QUE ESTAMOS EM PROMOCAO, NA COMPRA DE 100.000 CARTOES, OFERECEMOS 10.000. PARA MAIS INFORMACAO LIGUE: 929251934/993179553
Bom dia a todos os empresários que estão ligados no ramos Avícola deixa me só dizer que o Grupo BBC esta a vender Galinhas com 16 semanas estas Galinhas são POEDEIRA para produção de Ovos
Cada esta no valor de 2500kz.
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