
Lisboa, 25 abr – O secretário-geral do PS, António José Seguro, advertiu hoje que nenhum Estado-membro conseguirá sair sozinho da atual crise e que esse tipo de ações isoladas apenas contribuirá para destruir o projeto da União Europeia.
***Serviço áudio disponível em www.lusa.pt ***
Lisboa, 25 abr – O secretário-geral do PS, António José Seguro, advertiu hoje que nenhum Estado-membro conseguirá sair sozinho da atual crise e que esse tipo de ações isoladas apenas contribuirá para destruir o projeto da União Europeia.
António José Seguro falava em conferência de imprensa conjunta com o presidente do Partido Socialista Europeu (PSE), Sergei Stanishev, e com o primeiro secretário dos socialistas franceses, Harlem Désir.
O secretário-geral do PS agradeceu o apoio manifestado à sua ação política pelo búlgaro Sergei Stanishev e pelo francês Harlem Désir e frisou que um dos seus principais objetivos passa pela “renegociação das condições do processo de ajustamento” português.
“Queremos um processo de ajustamento credível, realista e que tenha em atenção os portugueses”, defendeu, antes de se referir à atual situação da União Europeia, ponto em que deixou a seguinte advertência: “Ninguém sai desta crise sozinho”.
“Ou saímos desta crise todos juntos ou então a crise dá cabo da Europa e dá cabo de nós”, advogou.
De acordo com António José Seguro, na sequência de vários anos de aplicação de políticas de austeridade, sobretudo no sul da Europa, “os números do desemprego e da pobreza não param de crescer”.
“As políticas europeias não têm diminuído a crise. É preciso parar com as políticas de austeridade. Uma coisa é o rigor e a disciplina fiscal – nós queremos rigor e disciplina – e outra coisa é a austeridade e o empobrecimento”, sustentou.
Seguro falou depois sobre a necessidade de um novo modelo de desenvolvimento “capaz de tornar sustentáveis” as sociedades europeias.
Um novo modelo, segundo Seguro, que “não deixe ninguém para trás e que, simultaneamente, gere os recursos e a riqueza para sustentar as funções sociais do Estado”.
“Em momentos de crise é precisamente quando as pessoas que menos têm precisam das políticas públicas”, acrescentou.
PMF // VC
(noticiasaiminuto.com) / (Lusa)