
Haia – Um chefe rebelde de Darfur (oeste do Sudão), Saleh Mohammed Jerbo Jamus, acusado de conduzir um ataque em 2007 contra uma missão de manutenção da paz, que havia provocado doze mortes entre os soldados africanos, morreu, anunciaram hoje (quarta-feira) os seus advogados ao Tribunal Penal Internacional (TPI), citados pela AFP.
Segundo um documento publicado terça-feira no site do TPI, os advogados disseram ao juiz encarregado do julgamento, marcado para 05 de Maio de 2014, que ” Jerbo morreu no Norte de Darfur, Sudão, no dia 19 de Abril e foi sepultado no mesmo dia. “
Saleh Mohammed Jerbo Jamus, 36 anos, era suspeito com um outro chefe rebelde, Abdallah Banda Abaker Nourain, aproximadamente de 50 anos, de três acusações de crimes de guerra cometidos durante um ataque de 29 de Setembro de 2007 contra a Missão da União Africana, no Sudão (Muas) para a base militar de Haskanita (norte de Darfur), que resultou na morte de doze militares africanos, incluindo sete nigerianos e oito gravemente feridos.
Pelo menos 1.000 combatentes, incluindo as tropas pertencentes ao Exército de Libertação do Sudão – Unidade comandada por Jerbo e as forças dissidentes do Movimento para a Justiça e Igualdade (JEM), liderado por Banda tinha participado ao ataque, de acordo com o TPI.
Darfur, uma vasta região árida no sul do Sudão, que é aproximadamente do tamanho da França, é cenário de um conflito desde Fevereiro de 2003, que começou com o levantamento de grupos não árabes contra o governo de Cartum e matou 300 mil pessoas
e desalojou 2,7 milhões, segundo a ONU. Cartum fala em 10.000 mortes. (portalangop.co.ao)