As conversações caíram contudo num impasse e tal como referiu à VOA, Jeremias Vunjanhe, da Acção Académica para o Desenvolvimento das Comunidades Rurais, ADECRU, as famílias atingidas deram um ultimato à Vale e ameaçaram endurecer a luta.
A ADECRU denunciou, a captura do alegado “processo de negociação” ora em curso entre representantes da Vale e das 1365 famílias, por ela atingidas e reassentadas na Região de Cateme e Unidade 6 do Bairro 25 de Setembro.
Os representantes das famílias referem que, durante o encontro, a retórica e o discurso dominante dos representantes da Vale e do governo concentraram-se na repreensão e culpabilização das famílias, supostamente por avultados prejuízos averbados por esta empresa durante a paralisação das suas actividades.
De acordo com a ADECRU, a Vale, uma vez mais, fez-se representar por funcionários, na sua maioria sem poder de decisão, comandados pelo chefe do serviço de segurança da Vale em Moatize.
No fim do encontro de apenas uma hora, os representantes das famílias deram um ultimato até sexta-feira próxima, dia 26 de Abril, para que a Vale responda a todas as suas questões sob pena de endurecera luta contra multinacional brasileira.
(voaportugues.com)