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    Bloco Democrático reúne-se em convenção para analisar situação interna e de Angola

    D.R
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    O Bloco Democrático (BD), partido da oposição angolana liderado por Justino Pinto de Andrade, realiza na sexta-feira e no sábado a II convenção extraordinária, para fazer o diagnóstico da organização, que não participou nas últimas eleições gerais, em 2012.

    Em declarações à Lusa, o secretário-geral do BD, Filomeno Vieira Lopes, disse que a convenção servirá também para analisar a situação política interna e internacional, bem como traçar uma estratégia para as eleições autárquicas, previstas para 2014.

    “Vamos fazer o diagnóstico da nossa organização, vamos aprofundar as razões por que o Bloco Democrático não participou nas últimas eleições e fazer uma radioscopia de todos os nossos procedimentos e criar novos sistemas de trabalho”, referiu Filomeno Vieira Lopes.

    Segundo aquele dirigente, na convenção, em que participam 200 delegados provenientes de todo o país, os secretários nacionais e provinciais vão discutir o sistema de informação de gestão política que o partido tem vindo a executar.

    Do ponto de vista de mudanças organizacionais, Filomeno Vieira Lopes disse que não está na agenda a eleição de um novo líder, mas apenas previstas alterações e preenchimento de cargos que estão vagos há três anos.

    “Porque nós vamos ter uma nova convenção no próximo ano, por consequência esta (convenção) vai ter que fazer a renovação de mandatos”, sintetizou o secretário-geral do Bloco Democrático.

    Relativamente à situação política, económica e social de Angola, Filomeno Vieira Lopes considerou-as “graves”, salientando que esses assuntos vão chamar a atenção dos delegados, porque é necessário “encontrar fórmulas para ultrapassar este quadro”.

    “Temos ainda um poder repressivo em Angola, com bastantes laivos autoritários, um poder que não democratiza a economia, tem um controlo excessivo sobre a sociedade e isto vai com certeza chamar a atenção dos delegados”, assegurou.

    O encontro servirá de igual modo para análise de “algumas fragilidades registadas em algumas províncias” nas últimas eleições e fazer o balanço do número de militantes daquela força política angolana.

    “O Bloco Democrático foi um partido que recolheu 18 mil assinaturas para concorrer às últimas eleições, naturalmente que isto num campo de simpatias, não significa que sejam militantes, mas vamos fazer esse ajustamento agora quando estivermos na convenção”, frisou.

    Criado em 2010, o Bloco Democrático surgiu na sequência da extinção do partido Frente para a Democracia (FpD), liderado igualmente por Justino Pinto de Andrade, face aos resultados obtidos nas eleições de 2008, em que não chegou aos 0,5 por cento dos votos, mínimo legalmente instituído para escapar à extinção.

    (lusa.pt)

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