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    Síria: Ban Ki-moon quer fim do abastecimento de armas

    Fotografia © REUTERS/Denis Balibouse
    Fotografia © REUTERS/Denis Balibouse
    O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) apelou hoje ao fim do abastecimento de armas das partes beligerantes na Síria, mas o seu homólogo da Liga Árabe diz que não é possível.

    Ban Ki-moon fez o apelo durante uma reunião com o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, e o primeiro-ministro do Qatar, xeque Hamad bin Jassem Al-Thani, cujo país tem sido acusado por Damasco de armar os rebeldes.
    “O secretário-geral [da ONU] apelou à interrupção do fornecimento de armas para as partes do conflito sírio. Mais armas apenas significam mais morte e destruição”, disse o porta-voz da organização, Martin Nesirky.Mas Al-Arabi minimizou a ideia, quando falou aos jornalistas. “Se houver um acordo político ou o início de uma solução política, isso poderia acontecer, mas neste momento não penso que seja possível”, disse.
    “O Governo está a obter armas de algumas partes, pelo que se o outro lado obtiver armas de outras partes, penso que se pode conseguir algum tipo de equilíbrio”, disse o dirigente da liga Árabe. O chefe do governo do Qatar não falou à imprensa.
    Uma reunião da Liga Árabe, na capital do Qatar, Doha, em março, deu aos seus estados-membros o “direito” de oferecer aos sírios todos os meios de autodefesa, incluindo armas.
    Ban, Al-Arabi e Al-Thani também discutiram o impasse nos esforços para acabar com o conflito, que já entrou no seu terceiro ano e causou mais de 70 mil vítimas mortais, pelas estimativas de ONU. Ban, Al-Arabi e o enviado conjunto da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, tiveram uma reunião à parte, por entre especulações de que este poderia pedir a demissão.
    “Alguma coisa tem de ser feita, mas não apareceram ideias específicas”, disse Al-Arabi, insistindo que todas as partes continuam a “apoiar a missão conjunta” de Brahimi, porque a ONU e a Liga Árabe têm “o mesmo objetivo” de acabar o conflito e estabelecer um Gverno democrático.
    Sobre o futuro de Brahimi, Al-Arabi afirmou: “Estamos muito satisfeitos com ele e acabei de dizer isto agora” [durante a reunião].

    (lusa.pt)

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