Sábado, Março 25, 2023
18.1 C
Lisboa
More

    Ministro da Saúde sem informação sobre portugueses infectados pela dengue em Angola

    Foto: D.R
    Foto: D.R
    As autoridades sanitárias angolanas não foram notificadas dos casos de mais de 20 portugueses infetados com dengue em Angola e que recebem tratamento em Portugal, disse, em Luanda, o ministro da Saúde de Angola.

    Em conferência de imprensa, na quinta-feira, para falar sobre a situação da dengue em Angola, o ministro angolano da Saúde, José Van-Dúnem, disse que a informação sobre os casos de portugueses infetados não chegou às autoridades sanitárias angolanas “pelo canal próprio, que é o canal oficial da Organização Mundial de Saúde (OMS)”.

    “Essas coisas, infelizmente, não são notificadas através da televisão. Há sistemas. Porque todos nós somos Estados membros da OMS e país a país comunica-se, ou através dos escritórios da OMS do país para a outra região, para fazer a comunicação da doença”, referiu o governante angolano.

    José Van-Dúnem admitiu a possibilidade de as pessoas poderem ter sido infetadas em Angola ou “na Madeira, como noutro sítio qualquer”.

    As infeções dos doentes portugueses, que estiveram em Angola, – oito, em março, e 11, em abril, – foram identificadas na consulta pós viagem do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, disse um especialista do IHMT, na segunda-feira, à agência Lusa.

    O ministro angolano da Saúde disse que, neste momento, foram notificados no país 50 casos de dengue, com 31 amostras positivas e 19 negativas, todos em Luanda e sem o registo de nenhuma morte.

    O Ministério da Saúde tem algumas medidas em curso para controlar a doença, como a montagem de unidades sanitárias sentinelas para a vigilância de casos de síndromes febris nas principais unidades sanitárias de Luanda e periferia e sistemas de vigilância epidemiológica e campanhas de informação para a população sobre a doença.

    A dengue é uma doença que pela primeira vez foi notificada em Angola e as autoridades sanitárias admitem que a sua origem esteja ligada ao movimento migratório entre este país africano e o Brasil.

    “Há um grande movimento para o Brasil e do Brasil para Angola é natural que as pessoas que vão para o Brasil possam ser infetadas pela doença e cidadãos brasileiros que se desloquem aqui possam ser portadores assintomáticos da doença e sejam veículo”, disse José Van-Dúnem.

    “Este é um risco que decorre da abertura e da universalidade dos países, não podemos fazer nada. Temos é que estar atentos para quando isso acontecer tratarmos o mais cedo possível, porque quanto mais precoce for o tratamento melhor é o prognóstico”, acrescentou.

    (portalangop.co.ao)

    POSTAR COMENTÁRIO

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

    - Publicidade -spot_img

    ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    EUA atacam instalações apoiadas pelo Irã na Síria após drone matar norte-americano

    Militares dos Estados Unidos realizaram vários ataques aéreos na Síria na noite de quinta-feira contra grupos alinhados ao Irã,...

    Artigos Relacionados

    Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
    • https://spaudio.servers.pt/8004/stream
    • Radio Calema
    • Radio Calema