Em declarações ontem, quarta-feira, à Angop, o administrador de Caluquembe, Emílio Tchitacumbi, que chefiou a comitiva, disse que a ideia é instalar um sistema menos oneroso e que possa produzir pelo menos 4 a 5 megawatts de energia para o município.
“Visitamos Portugal onde tomamos contacto com outras realidades em termos de energias renováveis. Estivemos no maior campo de energias fotovoltaicas que produzem capacidades idênticas a da barragem da Matala (40 mega watts), mas nós precisamos apenas um terço desta capacidade, já que é um projecto muito oneroso”, sustentou.
Sem avançar custos, o administrador informou ter celebrado alguns protocolos de entendimento, ideias que, em breve, devem ser apresentadas ao governador provincial, Marcelino Tyipinge, para junto dele avaliar-se as possibilidades de trazê-los para Caluquembe.
Disse ser uma iniciativa gizada em parceria com Associação Industrial de Angola (AIA) e espera que até antes das eleições autárquicas o município tenha energia solar, numa primeira fase, cujos custos de manutenção são mais baratos e com duração de 25 anos.
Para médio prazo, o administrador Emílio Tchitacumbi defendeu a necessidade de instalação de uma mini-hídrica no curso do rio Quê, onde antes da Independência Nacional (1975), havia uma barragem que alimentava a antiga salsicharia, com uma capacidade de 0,5 megawatts.
“ (…) precisamos de instalar pelo menos 1 dos 4 megawatts, atendendo ao curso permanente do rio e as necessidades do município. Isto nos possibilitaria, localmente, produzir vender energia. Com os fundos da administração é impossível concretizar estas intenções, por isso, enviamos esta preocupação ao governo provincial e de certeza com pouco tempo estaremos em condições de concretizar este programa”, admitiu a fonte.
O município de Caluquembe, potencialmente agrícola, situa-se 193 quilómetros a norte da cidade do Lubango, capital da província da Huíla.
(portalangop.co.ao)