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Após o anúncio oficial de Maduro como novo Presidente venezuelano, registaram-se confrontos entre a polícia e os apoiantes de Capriles, que as autoridades procuraram desmobilizar lançando gás lacrimogénio, segundo a AFP. De acordo com a procuradora-geral Luisa Ortega Diaz, sete pessoas morreram nas ruas, tendo 60 outras ficado feridas.
A responsável, que acusa a oposição pela violência, adiantou ainda que 135 pessoas foram detidas nas últimas horas.
Capriles pediu uma recontagem dos votos, antes da divulgação dos resultados finais e apelou à realização de manifestações com “concertos de caçarolas” contra a proclamação de vitória de Maduro. E assim foi quando o Conselho Nacional Eleitoral deu como certa a sucessão de Hugo Chávez e a eleição para o cargo do homem que este desejava ver na Presidência da República.
Capriles pedira que, se Maduro fosse proclamado Presidente, os venezuelanos levassem tachos para a rua e batessem “com força” contra uma eleição em que a oposição denunciou mais de 3200 irregularidades. “Este país pede ordem e paz e eu sou um construtor do progresso”, disse o líder da oposição ao “chavismo”, numa conferência de imprensa em Caracas.
A Venezuela é visto pelos analistas como um país quase dividido ao meio, num ambiente de polarização e crispação política em que o herdeiro oficial da “revolução socialista bolivariana” fica, com este resultado, numa posição enfraquecida.
O Governo português felicita a vitória de Maduro nas eleições de domingo. Em comunicado, o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, saúda “o povo venezuelano pela elevada participação no escrutínio presidencial”, sublinhando o seu “comportamento cívico e pacífico” durante o acto eleitoral. Portas deixa uma palavra à comunidade portuguesa a residir na Venezuela e “faz votos” para que, depois da fase eleitoral, o país “possa viver um clima de paz e diálogo democrática”.
(lusa.pt)