Fotografia © Reuters/Carlos Garcia Rawlins
“Observámos que há um ambiente de alegria, de harmonia e uma boa afluência do povo aos locais de voto […] há uma total normalidade no país e afluência às assembleias de voto no interior do país também foi massiva”, declarou o general Wilmer Barrientos aos jornalistas.
O chefe do Plano República, a forma como se denomina a operação de apoio militar aos processos eleitorais, insistiu que o processo decorre “de maneira impecável”.
As assembleias de voto abriram hoje na Venezuela para quase 19 milhões de eleitores escolherem o novo Presidente da República.
O novo Presidente dirigirá a Venezuela até 2019, sucedendo ao carismático Hugo Chávez, que se manteve no poder durante 14 anos, até morrer, a 05 de março último.
Mais do que a eleição do novo chefe de Estado venezuelano, as eleições presidenciais antecipadas de hoje estão a ser vistas por analistas locais como um verdadeiro “referendo” sobre a continuidade da construção do “socialismo bolivariano do século XXI”, idealizado por Chávez.
As presidenciais são disputadas por sete candidatos, mas a verdadeira luta centra-se em Nicolás Maduro, indicado por Hugo Chávez como seu sucessor, e Henrique Capriles Radonski, o líder em volta do qual se coligaram vários partidos da oposição para enfrentarem Hugo Chávez nas anteriores eleições, realizadas em 07 de outubro de 2012.
A votação de hoje decorre entre as 06:00 locais (11:30 em Lisboa) e as 18:00 (23:30 em Lisboa), com as forças armadas da Venezuela mobilizadas para garantirem a segurança.
Nos cadernos eleitorais estão registados 18,9 milhões de eleitores, que votarão em 13.638 assembleias de voto.
No estrangeiro estão registados 100.495 eleitores venezuelanos, entre eles 1.351 radicados em Portugal, que contam com duas assembleias de voto, uma em Lisboa e outra no Funchal.
Em Lisboa estão inscritos 455 eleitores venezuelanos e no Funchal 896.
Na Venezuela, segundo dados oficiais, residem 400.000 portugueses, números que ficam aquém dos 1,5 milhões estimados pela própria comunidade, que inclui os lusodescendentes que possuem unicamente a nacionalidade venezuelana.
(lusa.pt)