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    Maduro fala sobre golpe de 2002 e critica burguesia

    Fotografia © REUTERS/Tomas Bravo
    Fotografia © REUTERS/Tomas Bravo
    O Presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, recordou na sexta-feira o golpe de Estado que em 2002 afastou do poder o então Presidente Hugo Chávez, acusando a burguesia de, quando volta ao poder, ir para “acabar com tudo”.

    Maduro, o candidato presidencial do regime às eleições de domingo, que hoje acompanhou o ex-futebolista argentino Diego Maradona numa visita ao mausoléu onde se encontram os restos mortais de Chávez, falecido a 05 de março, aproveitou para apelar ao voto “sem falta”, indicando ser “a única coisa” que pode dizer no período de reflexão após o final da campanha.
    O candidato disse ter assinado um documento do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) comprometendo-se a respeitar os resultados da votação do próximo domingo.
    “Eu estou com tranquilidade aqui na alma, porque fui leal ao comandante Hugo Chávez e a esta pátria”, sustentou, acrescentando que fez “uma campanha com elevação”.
    Ao referir-se ao golpe e à autoproclamação como Presidente da Venezuela do então empresário Pedro Carmona, atualmente exilado na Colômbia, Maduro criticou-o, afirmando que parecia um monarca, já que o seu primeiro decreto tinha sido dissolver todos os poderes.
    “Isso já diz qual é o verdadeiro pensamento político da burguesia quando volta ao poder, sobretudo quando vem a partir de uma contrarrevolução que vem acabar com uma revolução, vem com tudo, para acabar com tudo”, alertou.
    Nicolás Maduro enfrentará na corrida presidencial o líder da oposição, Henrique Capriles, que hoje acusou o canal de televisão estatal de violar a lei eleitoral que proíbe propaganda após o fim da campanha, por ter transmitido um documentário sobre o golpe de 2002, e mais cinco candidatos nas eleições de domingo.
    Das eleições, convocadas depois da morte de Chávez, chefe de Estado desde 1999, sairá o seu sucessor, que deverá concluir o mandato 2013-2019, iniciado a 10 de janeiro.
    Por ocasião das eleições presidenciais venezuelanas, o Centro Carter decidiu enviar uma missão de acompanhamento, dado o “importante momento político” que o país atravessa, após a morte de Chávez, disse na sexta-feira à agência Efe a diretora do Programa das Américas, Jennifer McCoy.
    “Damo-nos conta de que este é um momento importante para o país e queríamos mostrar o apoio e o interesse da comunidade internacional e o apoio ao povo venezuelano enquanto atravessa este momento político importante”, indicou McCoy.
    Depois de ter rejeitado participar como observador nas eleições de outubro e de ter mandado, no seu lugar, uma missão de estudo independente, o Centro Carter aceitou, desta vez, o convite do Conselho Nacional Eleitoral venezuelano por se tratar de um “momento político especial”, insistiu McCoy.

    (lusa.pt)

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