Henrique Capriles Radonski, advogado
Fotografia © Marco Bello – Reuters
Henrique Capriles licenciou-se em Direito na Universidade Católica Andrés Bello (1994), na qual ainda se especializou em Direito Económico em 1997 e obteve uma pós-graduação em Direito Tributário na Universidade Central da Venezuela e vários cursos de especialização em Amesterdão (Holanda), Itália e na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos.
O candidato em torno do qual se reuniu a oposição ao “chavismo” elogia os programas de assistência social criados pelo governo de Hugo Chávez e promete mantê-los e fortalecê-los para apoiar os jovens, idosos e as mulheres, mas quer o fim do “socialismo bolivariano” e defende o direito à propriedade privada, o fim das expropriações e nacionalizações de empresas estrangeiras, a liberdade de imprensa, a criação de empregos e o uso de recursos provenientes do petróleo para promover o desenvolvimento da Venezuela.
Católico praticante, Henrique Capriles, 40 anos, nasceu em Caracas a 11 de julho de 1972, é descendente de uma família judaica russo-polaca e bisneto de judeus que foram mortos pelos nazis no campo de extermínio de Treblinka, na Polónia.
Capriles é solteiro, sem filhos, mas com alguns namoros conhecidos e confessa que a sua “fraqueza” são as mulheres.
Capriles pertence a classe alta de Caracas, já que sua família, do lado paterno, é proprietária de meios de comunicação e empresas imobiliárias, entre outros interesses, e do lado materno, possuem um importante complexo de salas de cinema.
Embora os seus apelidos estejam associados ao poder empresarial, o candidato presidencial procurou desvincular-se da imagem elitista para captar simpatias entre as classes menos favorecidas.
Henrique Capriles, conhecido popularmente como “el flaquito” (o magrinho), já possui uma longa carreira política, tendo sido um dos opositores ao governo do Ex-Presidente Hugo Chávez, que morreu a 05 de março, depois de uma batalha de anos contra um cancro.
Membro fundador do partido Primeiro Justiça (centrista), foi o mais jovem vice-presidente do extinto Congresso da República e presidente da Câmara de Deputados (1999-2000), foi presidente da Câmara Municipal de Baruta (sul de Caracas, 2000-2008).
É governador do estado de Miranda, norte da Venezuela, tendo sido eleito por duas vezes para este cargo, batendo sempre os candidatos “chavistas”.
Em abril de 2002 foi acusado de não ter impedido, como presidente da Câmara Municipal de Baruta, um ataque à embaixada de Cuba em Caracas durante o golpe de Estado que afastou temporariamente Hugo Chávez do poder. Permaneceu 199 dias preso e depois foi ilibado de culpa por um tribunal.
Seis meses depois de ter sido derrotado por Hugo Chávez nas eleições presidenciais de outubro 2012 (55,5% para Chávez e 44,39% para Capriles), apresenta-se novamente como o candidato que pretende por fim aos 14 anos de “chavismo”, agora tendo como adversário o Presidente interino Nicolás Maduro, que assumiu o poder após a morte do carismático “el comandante”.
(lusa.pt)