
O Ministério da Energia e Águas definiu como prioridade, para o período 2009/2016, a construção, reabilitação das infra-estruturas inoperantes, reforço da capacidade de transporte e transformação do sistema eléctrico, interligação dos três principais sistemas eléctricos (Norte, Centro e Sul), visando a optimização da capacidade instalada.
A afirmação é do director adjunto do gabinete do ministro da Energia e Águas, Job Vilinga, quando falava nesta terça-feira sobre os desafios do sector eléctrico para o período de 2009/2016, no 7º Fórum de Energia Germano-Africano, que decorreu em Hamburgo, Alemanha.
Job Vilinga fez retrato da situação actual do sector, caracterizada pela baixa taxa de acesso à electricidade, limitações na capacidade de produção de energia eléctrica, elevado custo de produção da energia eléctrica, estrutura financeira deficiente das empresas públicas, altos subsídios do Estado, com tarifas médias na ordem dos 42 dólares (4 mil e 200 kwanzas) por megawats e a carência de quadros.
Outra prioridade, segundo o responsável, prende-se com o aumento da taxa de electrificação do país, promoção do uso das tecnologias de energias renováveis, com preferência para a electrificação rural.
Na sua dissertação fez também alusão a evolução dos consumos de energia em Luanda e no país, desde 2008 até 2010. Realçou as restrições no fornecimento de energia, resultantes do défice da capacidade de produção, transformação e de distribuição.
Foram referenciados os projectos que o sector se propõe a realizar até 2016, nos domínios da produção, com destaque para os projectos das centrais hídricas de Lauca, Caculo Cabaça, no rio Kwanza, a central do ciclo combinado do Soyo e as centrais hidroeléctricas de Jamba ya Mina e Jamba ya Woma no rio Cunene.
No domínio da transmissão, destacou a construção dos sistemas de transmissão associados às novas centrais a interligação dos sistemas Norte, Centro e Sul.
Job Vilinga disse também que no capítulo das energias renováveis, o sector tem como objectivos a realização de estudos para o desenvolvimento de projectos de mini-hidricas, electrificação rural, com recurso aos sistemas fotovoltaicos e o mapeamento dos ventos na região do Namibe, visando à instalação de uma central eólica no Namibe.
A terminar sublinhou as medidas para encorajar a participação privada no sector, nomeadamente as reformas legislação, a reestruturação do sector, legislação e regulamentos para a participação privada.
O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, o embaixador de Angola na República da Alemanha, Alberto Neto, e altos responsáveis do Ministério dos Petróleos e da Sonangol participaram também nos trabalhos do 7º Fórum sobre Energia Germano-Africano. (portalangop.co.ao)