A informação foi avançada hoje, terça-feira, à Angop, pelo director-geral do estabelecimento prisional do Bentiaba, Chinhama Samuel Jamba, segundo o qual o excedente da produção é vendido, com vista a criar receitas para a manutenção da actividade.
“Estes produtos destinam-se ao estabelecimento prisional do Bentiaba, porque a nossa preocupação em primeira instância é garantir a segurança alimentar interna. Os excedentes são comercializados para a manutenção do ciclo de produção”, asseverou o responsável.
O assessor prisional de segunda classe, que se pronunciava sobre os efeitos dos serviços sociais realizados pelos reclusos à comunidade, explicou que o dinheiro das vendas dos produtos excedentários serve para a compra de meios técnicos, combustível e superação de avarias das máquinas.
De acordo com Chinhama Samuel Jamba, os 600 reclusos incorporados na agricultura têm tido um desempenho salutar, reflectidos nos resultados animadores que se vem obtendo desde 2008, com uma média de produção cifrada em 400 toneladas/ano de produtos diversos.
Salientou que os presidiários enquadrados nesta actividade produtiva têm beneficiado de formação técnica sobre manuseamento dos instrumentos de trabalho e matérias afins, providenciada por um engenheiro agrónomo, que também supervisionam a actividade.
“Em 2008, a nossa colheita foi de 400 toneladas de produtos diversos, com destaque para a batata rena. Estes números continuam a subir e para este ano perspectivamos uma colheita na ordem das 600 toneladas. Em 2012 produzimos 430 toneladas” – retratou.
Neste sentido, disse que a quantidade produzida é suficiente para o consumo e que ainda assim o Ministério do Interior tem estado atento à actividade e fornecido oportunamente meios víveres a partir da logística, sem contar com hortaliças.
O director-geral do estabelecimento prisional do Bentiaba referiu, entretanto, que o Bentiaba é uma localidade fértil para a agricultura e que a actividade a nível desta comuna é praticada desde anos antes da paz, tendo em vista que grande parte dos presos antigos eram camponeses.
Contudo, disse que a revolução desta actividade na região data de 2003, após a conquista da paz, a 04 de Abril de 2002.
(portalangop.co.ao)