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    Executivo lança conferência nacional sobre criminalidade juvenil no país

    Delinquência Juvenil (DR)
    Delinquência Juvenil (DR)

    Uma Conferência Nacional sobre Medidas de Políticas de Prevenção da Criminalidade Juvenil foi lançada ontem (terça-feira), em Benguela, pelo Executivo Central, através do Ministério da Juventude e Desportos (Minjud), no quadro da necessidade de um diálogo mais abrangente com aquela faixa etária.

    Os trabalhos foram presididos pelo secretário de Estado da Juventude, Nhanga de Assunção.

    A Conferência constitui uma série de debates que vão decorrer em todos os municípios do país, envolvendo distintas organizações, associações juvenis e outras entidades parceiras do Estado na formulação de políticas afins (autoridades eclesiásticas e tradicionais), devendo culminar com um evento magno, destinado a abordar as sugestões e preocupações recolhidas, bem como fazer propostas concretas ao Executivo.

    Com 380 participantes, o encontro que marcou o lançamento oficial da Conferência Nacional sobre Medidas de políticas de Prevenção de Delinquência Juvenil centrou-se em dois temas como “Conceitos, causas e efeitos da delinquência juvenil” e, “A igreja, na promoção da consciência social dos jovens”, com uma duração de cerca de quatro horas.

    Na intervenção de abertura, o secretário de Estado para a Juventude disse que, entre outros aspectos, “nos dias de hoje a globalização e o rápido desenvolvimento das tecnologias de comunicação e informação têm provocado mudanças profundas em todas esferas sociais, acarretando problemas diversos, entre os quais se destaca a delinquência juvenil.

    Por isso, o Executivo reconhece a necessidade de adoptar mecanismos de abordagem eficazes, no sentido de minorar o actual quadro, visando a construção de um ambiente sadio e de maior tranquilidade.

    No comunicado final saído do encontro, os participantes recomendaram às autoridades competentes para concederem um tratamento diferenciados aos menores em conflito com a lei, no sentido de ajudá-los a compreenderem a sua situação, tendo em vista a futura recuperação.

    O reforçar da execução de programas de desenvolvimento já em curso (de combate à pobreza, requalificação urbana, aumento do número de salas de aulas em todos os níveis, da merenda escolar, bem como os programas ligados à criatividade artística (empreendedorismo juvenil).

    A distribuição de energia eléctrica e água para todos, entre outros, consta também no leque de programas sociais referidos no comunicado final do encontro realizado sob o lema “Juventude unida contra a delinquência juvenil”.

    Além de notarem a necessidade de reforçar a intervenção da igreja junto das comunidades, através de um papel mais interventivo de seus líderes, reconheceram a urgência de uma abordagem transversal do fenómeno, envolvendo diferentes instituições, famílias e os próprios jovens.

    Aumentar as medidas de contenção do aumento da prostituição, através do diálogo das jovens envolvidas neste fenómeno, bem como a criação, ao nível local, de instituições de protecção de menores em conflito com as regras de boa convivência social, são algumas medidas constantes do texto final.

    Por seu turno, o vice-governador de Benguela para a Esfera Política e Social, Eliseu Epalanga, disse no encerramento dos trabalhos que Benguela possui uma força juvenil laboral bastante activa que tem dado o seu contributo nas tarefas de reconstrução nacional, com realce para a saúde, educação, construção civil, forças armadas e polícia nacional, além do fomento do comércio, através das políticas gizadas pelo Executivo.

    Disse que pela sua importância, o encontro obriga à uma incursão nos vários aspectos da dimensão humana, quer na vertente social, quer do ponto de vista comportamental.

    Deste modo, sublinhou, maior é ainda a sua importância quando o fenómeno é abordado num país como Angola, que viveu uma situação política de instabilidade prolongada, razão principal da degradação acentuada dos valores mais nobres.

    “Angola tem dado passo significativos no combate a delinquência juvenil, à violência doméstica, defesa dos direitos humanos, entre outros pressupostos, que concorrem na dignificação do angolano”, enfatizou.

    Defendeu ainda que se deve trabalhar para que o relacionamento “extra” e “intra” familiares sejam os mais salutares possíveis, para se evitar que surjam os atritos que se tem registado na sociedade, cabendo aos a educação fundamental dos filhos, e ao Estado “a educação complementar de boa qualidade”.

    O responsável realçou o trabalho das igrejas e outras organizações cívicas em prol da prevenção desse fenómeno que tem causas estruturais.

    Admitiu, no entanto, que a realização dessa Conferência confirma a importância que o Estado, através do seu mais alto dignitário, o presidente José Eduardo dos Santos, atribui à matéria do resgate dos valores morais e da prevenção da delinquência juvenil.

    (portalangop.co.ao)

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