O ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, participa hoje, em Viena, na Conferência Ordinária da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para eleger o novo secretário-geral, que é actualmente Abdullah Al Badri, no cargo desde 2007.
Botelho de Vasconcelos disse que a reunião vai tomar a decisão da substituição do actual secretário-geral que cumpriu dois mandatos e eleger um dos dois candidatos: Ali I Naimi, da Arábia Saudita, e o iraquiano Abdul-Kareem Luaibi Bahedh, ambos ministros dos Petróleos nos seus países. Quem vencer assume funções no início de 2013.
O apoio de Angola incide sobre a candidatura iraquiana, num momento em que decorre uma sessão de análise do currículo dos candidatos a cargo do secretário-geral da organização.
A OPEP estabeleceu uma produção de 30 milhões de barris por dia. Neste momento aumentou para 31 milhões de barris por dia, disse o ministro Botelho de Vasconcelos, que prevê a manutenção por Angola dos níveis actuais de produção de petróleo, fixada em 1,8 milhões de barris por dia. “Na reunião vamos defender a posição de Angola, no que respeita os níveis de produção”, disse.
Os países membros da OPEP, prosseguiu, têm promovido debates para manter o mercado equilibrado, mas existe a especulação que provoca desequilíbrio na procura e oferta.
Em relação à estratégia de liberalização do sector dos combustíveis, afirmou que têm sido envolvidos os operadores existentes no mercado para afinar os instrumentos que vão permitir a execução real deste processo durante o ano de 2013. “Vamos criar condições para que o mercado da distribuição seja competitivo e proporcione qualidade de trabalho no segmento”, realçou o ministro.
O titular da pasta dos Petróleos sublinhou que a estratégia prevê a criação de um distribuidor que vai proporcionar incentivos para que as localidades mais recônditas possam beneficiar de combustíveis a preços iguais aos dos grandes centros.
Quanto ao início das operações do projecto Angola LNG, Botelho de Vasconcelos informou que apesar dos testes e esforços da empresa e do empreiteiro, as tecnologias desenvolvidas e aplicadas condicionam o arranque do primeiro projecto do gás associado ao petróleo.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo tem como objectivo administrar de forma centralizada a política petrolífera dos países membros.
A OPEP actua como cartel dos principais exportadores de petróleo, controlando o volume de produção, com o objectivo de alcançar os melhores preços no mercado mundial.
É responsável por desenvolver estratégias geopolíticas na produção e exportação do petróleo, além de controlar os valores nas vendas do produto.
(jornaldeangola.com)