Os ciganos representam a maior minoria da Europa. São cerca de 11 milhões – mais do que a população de Portugal. Mas não possuem registos escritos da sua história nem tão-pouco das suas andanças pelo mundo. Isso levou um grupo de geneticistas de 15 países europeus – Portugal, Espanha, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Hungria, Croácia, Eslováquia, Sérvia, Grécia, Roménia, Bulgária, Ucrânia, Lituânia e Estónia – a juntar esforços para tentar determinar, através de uma análise ao ADN das várias comunidades ciganas, a origem e o percurso geográfico da diáspora cigana.
Os seus resultados, publicados online esta quinta-feira na revista Current Biology, fornecem o mais pormenorizado “mapa” existente até agora dessa história demográfica – que se revela, escrevem, “rica e complexa”.
Por um lado, os resultados vêm confirmar que, apesar das grandes diferenças culturais, religiosas e linguísticas que existem entre as diversas comunidades ciganas que hoje residem nos países europeus, os antepassados de todos os ciganos vieram do mesmo sítio. Por outro, permitem estimar a data em que os ciganos ancestrais saíram do seu “berço” genético, bem como a data em que teve início a sua expansão pela Europa fora. Ler mais (publico.pt)