Na Hungria eclodiu um escândalo anti-semita. O líder de um partido parlamentar lançou a proposta de elaborar uma lista de judeus que alegadamente colocam em causa a segurança nacional.
O autor da iniciativa escandalosa é Gyongyosi Márton, um dos dirigentes do partido nacionalista Jobbik. No decurso de debates parlamentares dedicados ao conflito na Faixa de Gaza ele qualificou Israel de um Estado nazista, tendo equiparado o chefe da diplomacia israelense, Avigdor Liberman, ao maior ideólogo nazi Gebbels. Depois disso, Gyongyosi Márton anunciou ter chegado a altura de esclarecer o número de deputados judeus na Hungria, sendo necessário identificar a origem daqueles que constituam a ameaça à segurança do país. Não obstante a falta de cortesia política, o discurso proferido não causou surpresa aos peritos. A emissora Voz da Rússia pediu um comentário ao diretor do Centro de Pesquisas Europeia e Internacionais junto da Escola Superior da Economia, Timofei Bordatchiov.
“Convém acentuar que o partido Jobbik não esconde que o anti-semitismo e o anti-ciganismo são elementos da sua plataforma ideológica. Estes slogans figuraram na campanha eleitoral de 2009 quando o partido angariou mais de 14% dos votos e, mais tarde, acabou por formar uma bancada parlamentar bastante representativa. Por isso, tal retórica não é nova.” Ler mais (portuguese.ruvr.ru)