“Ten Cities” é a designação de um projecto de música electrónica que junta, a partir de hoje, às 21h00, africanos e europeus em concerto no espaço Elinga Teatro, em Luanda.
Os DJ italianos Marco Messina e Lúcio Aquilina, e os angolanos MC Sacerdot e Satélite são as principais atracções da noite, que tem ainda como convidados os angolanos Bruno M, Djeff, Silyvi e o alemão Andi Teichmann.
A meia hora que antecede o concerto, para o qual os bilhetes custam mil kwanzas, é reservada à apresentação pública do projecto pelo Goethe-Institut Angola, instituição alemã que organiza o evento em parceria com a Mano a Mano – Produções.
A vertente teórica, que se traduz na publicação de um livro cujo conteúdo deve descrever ambientes, influências e interacções musicais em clubes nocturnos, além das mudanças de comportamento das pessoas que frequentam esses espaços, vai resultar, também, na edição de um CD.
Outras partes do projecto incluem o intercâmbio entre fotógrafos e a pesquisa de dez cidades: Luanda, Cairo, Joanesburgo, Lagos, Nairobi, Berlim, Bristol, Kiev, Lisboa e Nápoles, a sua história musical e vida nocturna.
Com a duração de dois anos, o projecto, segundo a directora do Goethe-Isntitut Angola, Christiane Schulte, lida com culturas de discotecas e com a sua influência nas esferas públicas e espaços urbanos em África e na Europa.
A escolha das dez cidades africanas e europeias deveu-se ao facto de os organizadores acreditam ser “lar de culturas de clubes exclusivos e dinâmicos”, impulsionados por “notáveis produtores de música electrónica”.
Luanda, cidade escolhida para o arranque do projecto, tem a curadoria do produtor Otiniel Silva do produtor alemão Andi Teichmann. Depois de passar noutras nove cidades, “Ten Cities” encerra com um concerto em 2014, em Berlim, na Alemanha.
Inspiradono projecto-piloto “BL NRB”, que juntou músicos alemães e quenianos, a “Ten Cities” é uma parceria do Goethe-Institut Quénia com a “Adaptr.org” em cooperação com o centro de Estudos pós-coloniais da Universidade de Nápoles e o “C/O Berlim” e tem financiamento da Alemanha. (jornaldeangola.com)
