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    Rádio Comercial de Cabinda não paga há oito meses

    Os jornalistas da Rádio Comercial de Cabinda suspenderam todos os serviços de informação na sequência do não pagamento de salários devidos há mais de oito meses.

    A suspensão dos serviços de informação começou em meados do mês de Agosto, nas vésperas das eleições gerais quando jornalistas e trabalhadores condicionaram o arranque das emissões da rádio após longo período de paralisação.

    Para além de exigirem o pagamento dos salários, os trabalhadores pedem igualmente a exoneração do actual director, Pedro Gomes, um notável membro do partido no poder, o MPLA, em Cabinda, que foi colocado a frente dos destinos daquela estação emissora para controlar a informação hostil à actividade do governo.

    Esta situação tem criado a fuga de jornalistas para outros órgãos de informação, a exemplo de Paulo Mesquita, um notável jornalista dos serviços informativos da Rádio Comercial que se transferiu para a emissora estatal, a Rádio Nacional, em Cabinda.

    Nos últimos 10 anos, a Rádio Comercial sobreviveu dos apoios do governo da província de Cabinda, que eram canalizados através da publicitária angolana Orion. Em troca, a Rádio Comercial emitia spots publicitários e de marketing a actividade do governo provincial e foi vetada de emitir informação que descrebilizasse a actividade do executivo local.

    Foi igualmente importa uma linha editorial diferente do objecto da rádio e ao afastamento de notáveis jornalistas como Cristóvão Luemba e Paulo Duda por alegadamente não serem militantes do partido no poder e a exoneração do antigo director, André Filipe Luemba.

    Este figurino fez cair as receitas publicitárias, a principal fonte de sobrevivência do órgão e a agravar a situação financeira da estação radiofónica.

    Decorridos cerca de 10 anos a Comercial enfrente os piores momentos como rádio de informação e esta a beira de perder todos os jornalistas.

    Entretanto, sabe-se que o não pagamento de salários, segundo se apurou junto de uma fonte daquela estação emissora deve-se pela inexistência de fundos capazes para a gestão daquela estação de rádio como consequência do rompimento do contrato de marketing entre o governo provincial e a Orion, sócio maioritário daquela rádio de informação.

    Tentamos sem sucesso contactar os responsáveis da Rádio Comercial de Cabinda.

    (voaportugues.com)

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