Kinshasa – O movimento rebelde M23 no leste da República Democrática do Congo (RDC) declarou hoje (segunda-feira) que “exige” do governo no prazo de 24 horas o anúncio de “abertura de negociações políticas directas” e “a desmilitarização total da cidade e do aeroporto de Goma”, noticia a AFP.
O M23, que leva uma ofensiva até as portas de Goma, a capital do Norte Kivu, exige “a declaração oficial e pública à rádio e a televisão nacional pelo governo de Kinshasa num prazo não que ultrapasse as 24 horas para anunciar a abertura de negociações políticas
directas com o M23 alargada à oposição política, à sociedade civil e à diáspora congolês”.
O M23 exige igualmente “a desmilitarização da cidade e do aeroporto de Goma num prazo que não ultrapassa 24 horas e a protecção das populações pelas forças de manutenção da paz da Monusco (Missão das Nações Unidas para a Manutenção da Paz no Congo) presente nas cidades no seu exercício da sua missão primária”.
Se as suas exigências não forem satisfeitas, o M23 anuncia num comunicado a sua vontade de “perseguir a sua resistência contra o governo de Kinshasa até a sua queda”.
Atribuindo às forças regular a retomada dos combates que culminou com seu desnorte, o presidente do M23, Jean Marie Runiga, reconheceu que o avanço sobre Goma das tropas do M23, apelidado do exército revolucionário congolês “provocaram uma série de
preocupações da comunidade internacional”.
“Para permitir uma saída pacífica à situação actual” o nosso movimento exige “a cessação imediata da ofensiva militar” levada a cabo pelo Exército, mas também pela coligação com as FDLR (Forças Democráticas de Libertação do Rwanda), dos grupos armados
locais Maï Maï, acrescentou o comunicado.
Fonte: ANGOP