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    Pobreza a cair

    Angola está na lista dos dez países africanos que mais progressos fizeram na redução da pobreza e malnutrição e já se antevê que venha a alcançar, em 2015, os objectivos de desenvolvimento do milénio, que prevêem baixar para metade o número de pessoas com fome, garantiu o representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em Angola, Mamaoudou Diallo.

    Em declarações à imprensa, disse que os progressos que actualmente estão a ser feitos continuam a gerar resultados “muito animadores”. “O Governo, através do Ministério da Agricultura e demais sectores, desenvolveu uma série de programas de combate à pobreza e à má nutrição, do qual resultou, em dez anos, uma redução de 57,1 por cento”, admitiu.

    Para o representante da FAO em Angola, são indicadores positivos que permitem à sua organização continuar a credibilizar “todas as acções do Governo angolano nesta vertente”. Acrescentou que, para o reforço destas acções, o Ministério da Agricultura elaborou um programa nacional de desenvolvimento agrícola, cujo foco será o incremento da agricultura familiar no seio das comunidades.

    “Nós participamos na preparação deste projecto e podemos afirmar que pode trazer resultados suficientes, quando entrar em fase de implementação”.
    Além disso, dados do relatório produzido pela FAO, Programa Alimentar Mundial (PAM) e Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (IFAD) indicam que Angola, Brasil e Moçambique diminuíram as taxas de fome e subnutrição, entre 1990 e 2012.

    Segundo o relatório “o estado da insegurança alimentar no mundo”, que  abrange o período 2010-2012, dos três países, Angola regista a melhoria mais significativa. Dos 63,9 por cento de subnutridos identificados no relatório de 1990-1992, persistem agora 27,4 por cento, o que representa uma diminuição de 57,1  por cento, mas continua a corresponder a cinco milhões de pessoas. O director-geral da FAO, José Graziano da Silva, reconheceu ontem, por ocasião do Dia Mundial da Alimentação, que se alcançaram importantes avanços nesta área, já que se conseguiu reduzir em 132 milhões o número de pessoas com fome desde 1990 em todo o mundo.

    Nos países em desenvolvimento, a população com fome passou de 23,2 por cento para 14,9 por cento. O director-geral admitiu em comunicado que existem cerca de 870 milhões de pessoas que passam fome, um número que aumentou, principalmente, em África e no Médio Oriente. “O progresso na redução da fome parou desde 2007”, advertiu, depois da sessão inaugural da reunião da Segurança Alimentar Mundial (SAM).

    O responsável da FAO definiu o Comité de Segurança Alimentar Mundial como a “pedra angular da nova administração global, que estamos a construir juntos” e instou os elementos da SAM a trabalharem juntos pelo desenvolvimento do investimento agrícola responsável.

    Fonte: JA


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