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    Músicos do Uíge “caçam” talentos

    Um estúdio para a gravação de discos está a ser construído, na rua 1º de Agosto da cidade do Uíge, pelo Governo Provincial, para dar novas oportunidades aos artistas locais e abrir mais o mercado da província.
    O empreendimento, cujas obras caminham para a recta final, dispõe de um laboratório de captação de voz, sala de instrumentalização, mistura, área administrativa, vestuários e balneários.

    O director provincial em exercício da cultura, Moisés Feliciana, referiu que pelo andar das obras o estúdio de gravação pode ficar concluído até ao final do ano, o que vai permitir a muitos jovens com talento para a música saírem do anonimato.
    “É um estúdio de grande dimensão. De acordo com o projecto, os músicos vão poder realizar todos os seus trabalhos neste espaço até ao momento de porem os seus CD no mercado”, disse, acrescentando que o empreendimento também vai permitir aos artistas locais gravarem, produzirem e editarem os seus discos localmente e a custos baixos. “Os artistas locais já não vão sentir-se obrigados a deslocarem-se da província em busca de estúdios de gravação na capital do país”, disse.

    Os músicos João Carlos “Nelfina” e Augusto Kitoko reconheceram as vantagens que este novo estúdio pode proporcionar aos cantores da província, desde a redução dos custos até ao facto de trabalharem na sua região.

    Nelfina considera que a infra-estrutura pode ser classificada como um estúdio regional, tendo em conta que as vizinhas províncias do Kwanza-Norte, Malange, Zaire e Cabinda não possuem estruturas do género. O músico aguarda a conclusão da construção para então avaliar a qualidade de produção e dos instrumentais que vão ser instalados, para depois decidir se vai valer a pena realizar os seus trabalhos na província.

    “Viajo muitas vezes para a capital do país para gravar as minhas músicas nos estúdios EP, de Eduardo Paím. Além das despesas com o transporte, alimentação e hospedagem, os preços de produção de uma faixa musical são muito altos: cem mil kwanzas”, disse. O artista defende ainda o enquadramento de bons instrumentistas e produtores musicais no estúdio, “para não nos preocuparmos mais em sair da província”.

    Fonte: JA


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