Luanda – Dois milhões de casos de diarreias, sendo que cerca de um terço são diagnosticados em crianças menores de cinco anos de idade a cada ano em Angola.
Os dados vêm expressos num comunicado de imprensa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) a que a Angop teve acesso, no âmbito do Dia Mundial da Lavagem das Mãos que, no país se celebra desde 2008.
Para assinalar o 15 de Outubro, 10 mil escolas em todo o país usam a ocasião para reforçar a importância da higiene, particularmente da lavagem das mãos.
De acordo o documento, o simples acto de lavar as mãos com água e sabão pode salvar vidas e reduzir cerca de 47 porcento da mortalidade infantil causada por doenças diarreicas devido a falta de higiene.
Refere ainda que tal pratica executada depois de usar a casa de banho e antes de pegar os alimentos pode reduzir a incidência da diarreia em cerca de 40 porcento e as infecções respiratórios em aproximadamente 25 porcento.
“Promover esta acção nas escolas é uma atitude essencial para ter crianças saudáveis e capazes de fazer uso do seu pleno potencial”, lê-se.
Por seu turno, o representante da Unicef em Angola, Koeraad Vanormelingen, avançou hoje, em Luanda, que a falta de sabão ou de água não pode constituir uma barreira para a lavagem das mãos.
“Temos que incentivar esta pratica entre as famílias angolanas e prevenir as doenças diarreicas e insuficiências respiratórias”, disse.
O principio das escolas Amigas da Criança (EAC) assumido pelo executivo angolano promove a ideia de que todas as escolas, tanto rurais como urbanas, com ou sem muitos recursos podem garantir uma qualidade mínima de ensino, que inclui a higiene escolar e saúde, fundamentais para garantir o bem-estar da criança.
Ao celebrar a data, o Ministério da Educação pretende engajar as crianças como potenciais agentes de mudança das normais sociais.
O acto central do evento foi presidido pela Secretária de Estado para a Educação, Ana Paula Inês, na escola 3009, na presença de membros do Executivo, encarregados de educação e da directora do Instituto Nacional da Criança (INAC), Ruth Mixinje.
Fonte: ANGOP