A ministra do Planeamento, Ana Dias Lourenço, associou ontem em Luanda, a boa governação à quantidade e qualidade do capital humano disponível, capaz de fazer a escolha das melhores políticas públicas.
“Só os censos permitem conhecer este capital humano, na medida em que permitem obter, para cada nível geográfico do país, o perfil de todos os indivíduos”, disse Ana Dias Lourenço, durante a cerimónia de abertura de um seminário, encerrado no mesmo dia, sobre “Recenseamento Geral da População”, em que foram abordados aspectos ligados à forma de participação de todos os órgãos da administração local do Estado no processo de preparação e realização do censo geral da população, agendado para o próximo ano.
A titular da pasta do Planeamento lembrou que os recenseamentos são fontes renováveis de informações sobre a população e o parque habitacional do país e são usados como instrumentos de diagnóstico, planeamento e intervenção nas diferentes dimensões do desenvolvimento social, ambiental e geográfico.
“O recenseamento é uma operação exaustiva e complexa e a única fonte completa de informação desagregada para todas as unidades geográficas e administrativas do país”, sublinhou. A forma preferencialmente mais utilizada e mais directa de conhecer o número de habitantes de um determinado território e a dimensão do parque habitacional, consistem no censo populacional e habitacional, realçou a ministra. Quanto à forma de participação dos órgãos de administração local na preparação do censo, a ministra Ana Dias Lourenço disse que compete aos governos provinciais, em colaboração com o Instituto Nacional de Estatística (INE), coordenar as administrações em todo o seu envolvimento no processo, sobretudo na divulgação promocional do censo.
Ana Dias Lourenço aproveitou a oportunidade para solicitar o apoio dos governos provinciais ao trabalho das equipas técnicas para o registo cartográfico.
A ministra Ana Dias Lourenço assegurou que, caso seja terminada a actualização cartográfica dentro dos prazos previstos, ainda este ano vai ser realizado um censo piloto, em sete províncias do país, nomeadamente Uíge, Luanda, Kuanza-Norte, Huambo, Kuando-Kubango, Namibe e Cunene.
A realização do censo piloto, realçou, vai servir para o Instituto Nacional de Estatística (INE) testar toda a “máquina” organizativa e os instrumentos a utilizar no censo geral de 2013.
No seminário, foi apresentada a estrutura organizativa dos órgãos intervenientes no censo. Também foram prestadas informações sobre a preparação do processo e abordado o método de criação e funcionamento dos comités técnicos locais.
O seminário contou com a presença do ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa, e representantes de todos os governos provinciais.