Os participantes na assembleia-geral extraordinária do Movimento Nacional Espontâneo (MNE), realizada ontem no Museu de História Nacional, em Luanda, decidiram suspender Job Capapinha das suas funções na direcção, por desrespeito e tentativa de subalternização do seu órgão máximo.
Segundo o comunicado final, aprovado por unanimidade pelos 97 delegados, foi nomeada uma comissão de inquérito, coordenada por Carlos Cafukila e integrada por Baltazar de Oliveira e Ambrósio Narciso, com o objectivo de apurar a responsabilidade disciplinar no prazo de 15 dias.
Enquanto durar a suspensão, os participantes decidiram que a associação é dirigida pelo presidente de Mesa da Assembleia-Geral, Justino Fernandes, até à realização da próxima assembleia prevista para o mês de Outubro. Os participantes aprovaram por unanimidade as alterações propostas aos Estatutos e analisaram também uma carta do primeiro vice-presidente, António Fiel “Didi”, datada de 20 de Abril deste ano, onde pedia a demissão do cargo.
Na assembleia estiveram representadas todas as províncias e os delegados votaram pela continuidade de Fiel Didi no cargo de primeiro vice-presidente da associação. Foi ainda feito o ajuste dos órgãos sociais do Movimento Espontâneo.
Numa moção, os participantes manifestaram total apoio ao Presidente José Eduardo dos Santos, líder da lista do MPLA, nas próximas eleições gerais de 31 de Agosto, “pela forma exemplar como tem conduzido os destinos do país”. Apelaram a todos os angolanos para participarem nas eleições, escolhendo com consciência aqueles que deram provas de maturidade e capacidade para dirigir o país.
Fonte: JA