A Fazenda Cacanda, o maior projecto agro-pecuário da Lunda-Norte, começou esta semana a comercializar carne, a partir do seu matadouro central, de modo a reduzir a importação e melhorar a dieta alimentar das populações locais.
O governador provincial, Ernesto Muangala, considerou o matadouro da Cacanda como o ponto de partida do compromisso assumido pelas autoridades angolanas, que visa garantir o consumo de alimentos provenientes da produção local.
O Governo Provincial, disse, continua a estabelecer mecanismos eficazes, tendentes a impulsionar o sector agro-pecuário da região, com vista a permitir o consumo de produtos de qualidade recomendada e reduzir os níveis de doenças provocadas por produtos importados. A abertura do talho e matadouro da Fazenda Cacanda vai incentivar o surgimento de pequenos e médios criadores de gado bovino, para diversificação da economia, acrescentou Ernesto Muangala.
Quatro meses depois da sua inauguração pelo Presidente da República, a fazenda Cacanda começa a dar sinais positivos, através do lançamento dos seus produtos no mercado da região. A fazenda está a produzir ovos em grande escala, com uma média diária de oito mil, prevendo nos próximos tempos o início da fase de produção de leite e derivados agrícolas, como mandioca, milho e outros.
Qualidade do produto
A carne comercializada pela Fazenda Cacanda é de qualidade, garante o gerente da firma, Gerardo Dvir, razão pela qual mereceu o aval das autoridades dos serviços veterinários, Saúde Pública e Polícia Económica.
“Estão salvaguardas todas as condições de conservação a partir das suas câmaras de frio”. O talho está dotado de equipamentos que garantem a conservação eficaz da carne, com controlo rigoroso da temperatura das câmaras frigoríficas.
Geraldo Dvir adiantou que estão disponíveis cerca de três mil quilos de carne destinada à comercialização, devendo o talho abrir duas vezes por semana, entre quarta-feira e sábado. A abertura do matadouro central e do talho permitiu, até ao momento, empregar 20 jovens.