A primeira universidade privada da província de Malange está a ser construída pelo Grupo Freimar, num investimento de mais de 3,5 mil milhões kwanzas.
Denominada Universidade Privada de Malange (UPRIMA), a futura instituição do ensino superior vai ter, numa primeira fase, 28 salas, biblioteca, laboratórios e outros departamentos para garantir um ensino de qualidade, de acordo com o presidente do conselho de administração.
Marco Fonseca explicou que o mobiliário e alguns livros para apetrechar a biblioteca já foram adquiridos. “É nosso desejo que a biblioteca tenha 20 mil livros e, naturalmente, já começámos a comprar alguns para, na altura da abertura do estabelecimento de ensino, termos os 20 mil livros previstos”, disse. As obras estão a ser adquiridas em Portugal e no Brasil, esclareceu.
Os investimentos feitos com as obras rondam os dois mil milhões de kwanzas.
No que toca à questão do quadro docente, Marco Fonseca afirmou que têm estado a trabalhar com professores angolanos, portugueses e cubanos, já existindo mesmo contactos avançados com docentes desses dois países, fruto de uma deslocação da direcção do estabelecimento de ensino quer a Portugal e a Cuba.
A Universidade Privada de Malange, cujas obras devem estar concluídas no próximo mês de Outubro, vai ministrar, numa primeira fase da sua implementação, os cursos de Direito, Engenharia Civil, Gestão e Agronomia.
Quanto às razões que o levaram a investir na província de Malange, Marco Fonseca disse que, “como angolano e malangino que sou, achei que era meu dever contribuir de alguma maneira para o desenvolvimento socioeconómico da província e considerei que esta era uma boa via.
Malange há muito que pede uma universidade como esta, uma vez que temos os nossos filhos a irem estudar muito longe, como Luanda, Benguela, Kwanza-Norte, Uíge e até para o exterior do país, o que tem estado a criar problemas às famílias. Portanto, tudo isso influenciou a que tomássemos a decisão de definitivamente investir numa unidade do saber”.
Propinas
Apesar de ser ainda prematuro adiantar o valor das propinas na futura Universidade Privada de Malange, Marco Fonseca adiantou que espera não sejam especulativas, “porque isso pode inviabilizar a entrada de estudantes com menos recursos”.
A universidade pretende servir não só Malange mas também as províncias vizinhas e demais território nacional. “No futuro, quem sabe, poder receber pessoas de outros países, como acontece na Namíbia e África do Sul”, adiantou.
A futura Universidade Privada de Malange está a ser edificada por uma mão-de-obra angolana. São um total de 400 trabalhadores empregados na área da construção civil. “Tudo o que temos estado a fazer, até mesmo neste local onde nos encontramos, está a ser erguido por nacionais, o que demonstra a capacidade dos angolanos em bem-fazer”, assegurou.
FONTE: Ja