Evitar a todo o custo o resgate total parece cada vez mais dífícil em Espanha, apesar dos esforços e múltiplos contactos que tem feito o primeiro-ministro do país, Mariano Rajoy, com o ministro das Finanças, Luis de Guindos, em périplo pela Europa. Na terça-feira esteve com o seu homologo alemão, Wolfgang Schäuble, ontem esteve com detentor da pasta francesa, Serge Moscovici.
Segundo o diário “El Pais”, o ministério das Finanças de Espanha negou que a viagem a Berlim tenha servido para preparar o plano de ajuda externa, no entanto, sublinha a publicação o mesmo secretismo envolveu a viagem realizada por Luís de Guindos à Alemanha nas vésperas do pedido de ajuda para a banca, em junho.
O mesmo jornal afiança que o próprio Executivo está partido quanto aos vários cenários possíveis (e que incluem a saída do euro, por exemplo). Há quem veja o resgaste como inevitável, sobretudo depois da Catalunha ter avançado ontem com o pedido formal de ajuda.
Politicamente, não é de esperar a queda de Mariano Rajoy mas os analistas admitem que a situação possa levar à demissão da equipa das Finanças. Economicamente, tudo aponta para mais cortes.
Hoje, a taxa de juro da dívida soberana espanhola a 10 anos bateu hoje novo recorde desde a criação da Zona Euro e atingiu os 7,6 por cento, refletindo a crescente desconfiança dos investidores no país.
O aumento das taxas de juro mostra que os mercados estão cada vez mais preocupados com as dificuldades financeiras em Espanha e com a probabilidade de o país ter de pedir um resgate integral.
FONTE: DN