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    Cabo-Verde: Forte adesão dos eleitores na repetição das autárquicas em Santa Catarina

    As duas urnas que levaram à repetição das eleições autárquicas em duas mesas do concelho de Santa Catarina, Cabo Verde, encerraram ontem com a participação maciça dos eleitores, a qual ultrapassou a afluência regista no dia 01 de julho.

    Sem incidentes, as mesas de Boa Entrada e de Cruz Grande, nos arredores da Assomada, sede do conselho de Santa Catarina, no interior da ilha de Santiago, contaram também com a presença em massa das forças de segurança.

    A Lusa apurou junto de responsáveis pelo processo, às 17:00 locais (19:00 em Luanda) a adesão dos eleitores em Boa Entrada ultrapassava os 90 por cento, enquanto em Cruz Grande atingiu os 75 por cento

    Nesta última, a votação terminou 16 minutos depois da hora, uma vez que ainda se registava uma fila de cerca de 20 eleitores, a quem foram distribuídas senhas para votar.

    Em ambas as mesas, um forte dispositivo policial não impediu, porém, que os estados-maiores dos dois principais partidos cabo-verdianos andassem num ‘vai e vem’ permanente, percorrendo os cerca de três quilómetros que separam as duas localidades.

    Às 18:30 locais (20:30 em Lisboa), já se tinha iniciado a contagem provisória dos votos nas duas mesas, que ditará quem será o próximo presidente da Câmara de Santa Catarina, aguardando-se que os resultados sejam divulgados dentro de uma hora e meia, o mais tardar.

    Os eleitores decidiram hoje quem será o próximo presidente da edilidade santa-catarinense entre Francisco Tavares, recandidato a novo mandato de quatro anos e apoiado pelo Movimento para a Democracia (MpD, na oposição nacional), e José Maria Veiga, do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder).

    Excluindo os resultados das duas mesas em causa, Veiga venceu a votação com seis votos de diferença, mas Tavares venceu em Boa Entrada e Cruz Grande com uma vantagem de cerca de 40 votos, pelo que está tudo ainda em aberto no futuro da autarquia.

    A repetição das eleições de 01 deste mês foi determinada pelo Supremo Tribunal de Justiça, que deu provimento a duas das cerca de três dezenas de queixas apresentadas por Veiga, anulando e mandando repetir a votação nas duas localidades, onde terão votado mais eleitores do que os inscritos.

    A Comissão Nacional de Eleições (CNE) aprovou várias medidas para garantir a segurança e a transparência da votação, perante as múltiplas acusações mútuas entre os dois principais candidatos, situação que a ministra da Administração Interna cabo-verdiana, Marisa Morais, considerou “lamentável”.

    Nesse sentido, a CNE reforçou com pessoal a delegação em Santa Catarina, alterou a composição dos membros das assembleias de voto, mudou a cor da tinta indelével utilizada na primeira votação e inverteu as cores dos boletins de voto para a presidência da câmara e para a assembleia municipal.

    Apesar das inúmeras denúncias de alegadas fraudes eleitorais em preparação feitas nos meios de comunicação social, a CNE não recebeu qualquer queixa.

    Excluindo Santa Catarina de Santiago, e segundo os resultados finais provisórios da votação de 01 deste mês, o MpD reforçou a maioria autárquica, ao passar de 12 para 13 o total de municípios, enquanto o PAICV desceu de 10 para oito.

    Cabo Verde tem 22 municípios.

    FONTE: Lusa

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