O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, realçou hoje em Pretória a importância do «triângulo estratégico Angola-Moçambique e África do Sul» para a economia portuguesa.
Dirigindo-se a empresários de origem portuguesa estabelecidos na África do Sul e a quadros de empresas portuguesas com interesses na maior economia africana, Cavaco Silva recordou que se trata do único país da região que tem uma parceria estratégica institucionalizada com a União Europeia, exortando os empresários a pensarem os investimentos e as trocas comerciais com Angola e Moçambique sem nunca esquecerem Pretória.
«A União Europeia é um mercado com 500 milhões de consumidores e, apesar da crise na zona euro, continua a ser o maior bloco económico de todo o mundo», disse o Presidente da República aos empresários com quem dialogou numa breve paragem na África do Sul, em trânsito de Maputo, onde participou na cimeira de chefes de estado e de governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, para Lisboa.
Afirmando pretender ouvir os empresários da diáspora sobre a sua visão da crise portuguesa e fórmulas para aumentar a sua competitividade e potencial exportador, Cavaco Silva admitiu que muitos que vivem fora do país se queixam do deficiente fluxo de informação relativamente às oportunidades de negócios com Portugal.
«Não contesto os empresários da diáspora que têm essa opinião. Eles têm alguma razão quando se queixam da falta de informação. Eu sou daqueles que acham que a diáspora deve ser melhor tratada e melhor informada para que possa dar o seu contributo para a agenda do crescimento económico no nosso país», disse o presidente.
Cavaco Silva, que se encontrou na residência do embaixador de Portugal em Pretória com dirigentes e forças vivas da comunidade portuguesa – calculada em 400 mil pessoas de 4 gerações – saudou o espírito de aventura, a coragem e a capacidade de «tantos portugueses que emigraram para os quatro cantos do mundo, nomeadamente para a África do Sul, em busca de condições de vida melhores» e que conquistaram o respeito das nações de acolhimento.
FONTE: Lusa