A “grande agenda” de Portugal em Angola é o que vai ser feito em conjunto nos próximos 30 anos, salientou hoje em Luanda o ministro-Adjunto e dos Assuntos Paramentares português.
Miguel Relvas, que termina hoje uma visita de trabalho de dois dias à capital angolana, onde representou Portugal na 29ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA), falava à imprensa para apresentar o balanço dos contactos políticos que ali manteve.
“Tudo o que for estabilidade política, desenvolvimento económico e social para Angola é bom para nós. Portugal só tem a ganhar com uma Angola desenvolvida e uma Angola estável. A agenda de Portugal em Angola é o que vamos fazer juntos nos próximos 30 anos. Esta é a grande agenda de Portugal”, vincou.
No balanço da visita voltou a destacar a “excelência” das relações políticas bilaterais e considerou que os empresários portugueses são “os beneficiários diretos de uma boa relação entre Portugal e Angola”.
“Há problemas? Há, naturalmente que sim. Existem e existirão sempre, mas (os empresários) sentem que hoje não há preconceitos, não existem reservas. Existem os problemas normais, que os angolanos podem ter o mesmo em relação a Portugal e os empresários portugueses em relação a Angola”, disse, sem detalhar.
“Não são só os portugueses que têm problemas com vistos para Angola”, adiantou, considerando que o mais importante é a existência de uma “relação de maior proximidade”.
“Os empresários portugueses estão a ver que com parcerias com angolanos estão a pensar a médio e longo prazo. Já ninguém pensa a dois ou três anos. Nós, aos angolanos, podemos dar uma mão-de-obra mais qualificada, trazer centros de produção, ajudar na formação profissional. Os angolanos, por seu lado, ajudam a tornar mais robustas as empresas portuguesas”, exemplificou.
Daí, defendeu, ser este o momento para os empresários portugueses serem mais ousados.
“Este momento é uma oportunidade para que possam olhar para outros mercados. (As relações) estão já num estado de relacionamento que não devemos ser pouco ousados, não podemos ser tacanhos”, defendeu, considerando que “a grande vantagem desta relação (Portugal-Angola) é que nos completamos”.
Relvas, que chegou na quarta-feira à noite a Luanda, foi recebido na quinta-feira de manhã pelo ministro de Estado e da Coordenação Económica, Manuel Vicente, e à tarde, interveio na celebração do Dia de Portugal, no âmbito da FILDA.
FONTE: Dinheiro Vivo