O Banco Nacional de Angola manteve em 100 mil dólares o limite de transferências para o exterior para o pagamento antecipado de bens e serviços, noticiou o semanário angolano Expansão que adiantou que os infractores serão punidos.
A decisão de manter aquele montante, em vigor há já alguns anos, foi reforçada na passada semana, com a introdução de penalidades aos infractores, na medida em que o Banco Nacional de Angola averigua as razões para a “forte pressão” para a saída de divisas.
Num seminário sobre “Operações Cambiais” dirigido a altos funcionários das instituições bancárias, Ministério do Comércio e Serviço Nacional das Alfândegas, o banco central assumiu estar preocupado com a situação.
“Desde 2008, coincidindo com a crise financeira internacional, temos assistido a uma forte pressão para a saída de divisas”, disse o vice-governador do BNA, António André Lopes.
Três vezes por semana, os bancos comerciais compram ao BNA entre 300 milhões e 350 milhões de dólares, nos leilões de moeda, para depois os revenderem aos agentes importadores mas na semana de 2 a 6 de Julho a venda de divisas atingiu 458 milhões de dólares.
A política de redução da dependência económica doméstica ao dólar obriga agentes económicos a comercializar produtos apenas na moeda nacional, o kwanza, nas transacções feitas em território nacional.
Entre as penalizações contra violadores das regras, o BNA impede o banco comercial de participar em leilões de divisas, enquanto os agentes económicos verão seus nomes e o de suas empresas divulgados publicamente.
Fonte: macauhub