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    Presidência moçambicana da CPLP herda crise guineense e aposta na erradicação da fome

    A segurança alimentar e a normalização da situação política na Guiné-Bissau são dois dos sete pontos fortes que Moçambique destacará durante a presidência da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), a partir de 20 de julho.

    Na cimeira, que se realiza em Maputo, sob o lema “A CPLP e os desafios na Segurança Alimentar e Nutrição”, Moçambique vai assumir a presidência rotativa da organização dos oito países lusófonos.

    Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique, Oldemiro Balói, a segurança alimentar “é um tema transversal, que faz o alinhamento com a Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional da CPLP aprovada em 2011”.

    Ao apostar neste tema pretende-se “contribuir para a erradicação da fome e pobreza na comunidade, através do reforço da coordenação entre os estados-membros e da melhor gestão das políticas e programas sectoriais de segurança alimentar e nutricional”, disse Oldemiro Balói.

    “Tendo em vista o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, até 2015, precisamos de concentrar os nossos esforços neste domínio”, justificou.

    Desde 2008, a segurança alimentar e nutricional tem mobilizado a atenção política dos estados-membros da CPLP, que já adotaram uma resolução sobre o tema, realizaram dois simpósios e organizaram um diálogo Brasil-África.

    “Não obstante estas iniciativas, prevalecem os problemas da desnutrição aguda no espaço da CPLP, afetando aproximadamente 28 milhões de pessoas”, advertiu, no entanto, o chefe da diplomacia moçambicana.

    Durante a presidência rotativa da organização, Moçambique pretende também consolidar a democracia nos estados-membros da CPLP, nomeadamente na Guiné-Bissau, cujo impasse político prevalece desde o golpe de Estado de 12 de abril que impôs um governo não reconhecido pela comunidade lusófona.

    A análise do processo de adesão da Guiné-Equatorial a membro pleno direito da comunidade, o crescente número de países que solicitam o estatuto de observadores e associados, bem como a projeção da língua portuguesa no mundo, também serão pontos relevantes da presidência moçambicana da CPLP, que sucede a Angola.

    A liderança moçambicana da CPLP será marcada igualmente pelo reforço da coordenação entre os estados nas áreas da educação e saúde, ambiente, justiça e defesa género e juventude.

    Criada em 1996 a CPLP integra oito países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, e Timor-Leste. A Guiné-Equatorial, Maurícias e Senegal são observadores associados da organização.

    FONTE: Lusa

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