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    ONG exigem ações concretas dos governos para acabar com a fome nos Países de Língua Portuguesa

    Organizações da sociedade civil da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) exigiram hoje ações concretas dos governos para acabar com a fome nos países lusófonos, onde 13 por cento dos 223 milhões de habitantes sofrem de desnutrição.

    Diversas organizações da sociedade civil dos países da CPLP estão reunidas em Maputo a elaborar propostas sobre as formas de erradicação da fome na comunidade.

    “Não basta aprovar leis e estratégias. É preciso ir ao cerne do problema. É preciso produzirmos comida suficiente para alimentar os nossos povos”, disse a diretora da organização moçambicana Mulher Género e Desenvolvimento (MuGeDe), Saquina Mucavele.

    Mucavele, que falou em nome da Rede de Organizações para Soberania Alimentar (ROSA), pediu aos governos para investirem na produção de comida.

    “Não podemos continuar a oferecer ao mundo pessoas esfomeadas”, disse.

    Dados do secretariado da CPLP indicam que 28 milhões de pessoas são desnutridas, sendo Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor-Leste os países com as taxas de desnutrição mais elevadas, sobretudo em crianças com menos de cinco anos de idade.

    No encontro, a Coordenadora da Organização Mundial da Agricultura e Alimentação (FAO), Bárbara Ekwall, disse que “a questão que se coloca é que a produção mundial de comida aumentou nos últimos anos mas, paradoxalmente, há cada vez mais pessoas a sofrer de fome”.

    Os participantes na reunião vão produzir uma declaração final e o documento será submetido ao Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional da CPLP para apreciação durante a conferência dos chefes de Estado e de governos da comunidade, agendada para sexta-feira.

    Na cimeira de Maputo, a CPLP vai discutir os desafios na segurança alimentar e nutricional nos oito países lusófonos.

    A segurança alimentar “é um tema transversal, que faz o alinhamento com a Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional da CPLP aprovada em 2011”, considerou, recentemente, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique, Oldemiro Balói.

    Ao apostar neste tema pretende-se “contribuir para a erradicação da fome e pobreza na comunidade, através do reforço da coordenação entre os Estados-membros e da melhor gestão das políticas e programas setoriais de segurança alimentar e nutricional”, disse Oldemiro Balói.

    “Tendo em vista o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, até 2015, precisamos de concentrar os nossos esforços neste domínio”, justificou.

    Criada em julho de 1996, a CPLP integra Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe.

    FONTE: Lusa

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