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    Timor-Leste: Confrontos em Díli causam um morto

    Uma pessoa morreu hoje em Era, arredores de Díli, capital de Timor-Leste, em consequência de distúrbios que desde a noite de domingo são registados no país, disse à agência Lusa o comandante da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL).

    “Quando os agentes da PNTL chegaram ao local dos distúrbios encontraram uma pessoa ferida que foi transportada para o hospital, onde acabaria por morrer”, disse Longuinhos Monteiro num contacto telefónico feito a partir de Macau.

    O ferido que acabaria por falecer estava envolvido em confrontos entre grupos rivais e a polícia está agora a investigar para apurar as causas da morte.

    Distúrbios resultam de “atitude irresponsável” do CNRT

    Os distúrbios praticados por alegados membros da Fretilin “não são feitos em nome” do partido, mas são “consequência de atitude irresponsável do CNRT e de alguns dos seus membros”, afirmou hoje à agência Lusa Mari Alkatiri.

    “Os atos criminais não têm nada a ver com a organização. A qualidade das pessoas é uma coisa, os atos das pessoas é outra coisa”, disse o mesmo responsável ao salientar que ninguém pratica distúrbios em nome da Fretilin.

    “Julgamento público à Fretilin”

    Num contacto telefónico feito a partir de Macau, Mari Alkatiri salientou, contudo, que a reação das pessoas é uma resposta à “atitude irresponsável do partido CNRT e dos membros do partido”.

    “Utilizaram os canais oficiais para fazerem uma conferência em direto e fazerem quase julgamento público à Fretilin”, disse Mari Alkatiri ao sublinhar que publicamente os membros do CNRT acusam a organização Fretilin de “não contribuir para a paz e outras coisas”.

    “Isto é um ato irresponsável que teve lugar numa conferência do partido” e que depois gerou “reações espontâneas de pessoas e não da organização”, assinalou.

    Mari Alkatiri disse também ter já falado com o presidente da República e com um colaborador de Xanana Gusmão “apelando a que assumam uma postura que acalme as pessoas”.

    Com lugar garantido na oposição depois do Conselho Nacional da Reconstrução Timorense ter decidido convidar o Partido Democrático e a Frente Mudança para formar um governo maioritário, Mari Alkatiri garante “respeitar totalmente o resultado eleitoral”, mas diz que a oposição do país nunca passou de cosmética.

    “Eles dizem que querem uma oposição forte, mas é cosmética porque o Governo nos últimos cinco anos nunca respeitou a oposição”, concluiu.

    FONTE: Expresso

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