A promoção da pesquisa e o aperfeiçoamento de novas metodologias de ensino da língua inglesa foram os temas de uma conferência que decorreu no Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED), no Lubango, Huíla.
O encontro foi promovido pelo Executivo em parceria com a Embaixada dos Estados Unidos de América em Angola e contou com a presença de professores e estudantes das províncias do Namíbe, Cunene e Huíla.
A conferência abordou temas como a aprendizagem da língua inglesa, a importância do plano de aulas, o papel da motivação na aprendizagem da língua inglesa e como lidar com o problema da indisciplina na sala de aula.
O ensino da leitura e a influência do género na aprendizagem da língua inglesa, o desenvolvimento de técnicas de comunicação, a elaboração e aplicação de provas foram outros temas discutidos na conferência que teve a duração de dois dias.
Beata Angélica, da embaixada dos EUA, revelou que o Executivo e o seu país têm dado prioridade à educação, como uma área chave para o desenvolvimento. A língua inglesa é uma ferramenta importante, por isso é preciso intensificar acções que promovam a sua aprendizagem em Angola.
Beata Angélica reconheceu que existe uma grande procura do ensino do inglês em Angola e a Embaixada dos Estados Unidos da América tem disponibilizado bolsas de estudo para jovens angolanos.
Angola e os Estados Unidos de América estão a promover acções para intensificar o ensino do inglês. “A nossa embaixada está sempre à procura de jovens angolanos para irem frequentar aulas nas universidades americanas através de bolsas, o programa prevê também a troca de experiência entre professores dos dois países”, disse.
Centro de Educação
A diplomata norte-americana salientou que uma das formas de promover a língua inglesa, é através da abertura de uma biblioteca e um centro de educação na embaixada americana em Angola. Outra forma de impulsionar o ensino da língua inglesa é o intercâmbio cultural e desportivo entre os dois povos.
“No quadro da cooperação também estamos a procurar trazer atletas americanos a Angola para mostrar o potencial desportivo nos escalões masculino e feminino”, disse.
A docente universitária Brigid Nee realçou na conferência que “a guerra vivida em Angola retardou muitas acções do Executivo, mas em pouco tempo de paz construiu e reabilitou escolas em vários níveis e contratou muitos professores, o que está a permitir um crescimento salutar do país. Durante a guerra muitos angolanos não tinham oportunidade de aprender”, disse.
Brigid Nee revelou que a embaixada americana em Angola tem muitos programas para compartilhar experiências entre professores e estudantes, no quadro da cooperação existente entre os dois países. Muitos professores têm beneficiado dos programas “Access” e “Full Bright” que são bolsas que já facilitaram a ida de dois professores angolanos para os Estados Unidos da América.
O departamento de línguas modernas do Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla teve também no ano passado a oportunidade de ter especialistas do ensino da língua inglesa durante dois anos. A embaixada pretende continuar apoiar actividades que influenciam o desenvolvimento do conhecimento científico.
Délcio Tweuhanda, professor da Huíla que participou na conferência, realçou que qualquer sociedade precisa da língua inglesa por ser internacional.
Délcio Tweuhanda espera que a embaixada americana continue a apoiar esta iniciativa e tornar a conferência em internacional, com a presença de professores do ensino da língua inglesa de África, para fazer com que o ensino melhore a sua qualidade.
Estiveram presentes mais de 300 participantes e a conferência serviu também para promover a troca de experiências entre os professores e despertar a sociedade académica.
FONTE: JA