A maioria dos cidadãos gregos defende que o Governo devia negociar com Bruxelas as condições impostas para a ajuda financeira, mesmo que isso possa significar a saída do euro, segundo uma sondagem publicada hoje no semanário grego To Vima.
De acordo com a sondagem, 73,9% dos gregos querem que as autoridades nacionais insistam na renegociação das condições impostas para o resgate, admitindo o risco de sair da moeda única, enquanto apenas 15,5% defende que o Executivo deve cumprir os compromissos assumidos.
A renegociação das imposições do resgate, no valor de 130 mil milhões de euros, é um dos objectivos do Governo tripartido grego, que pretende um alargamento do prazo para cumprir a meta de redução do défice público.
Na semana passada, o ministro das Finanças grego, Yannis Stournaras, sugeriu como exemplo para o seu país o ano suplementar de margem concedido à Espanha para cumprir os seus objectivos de redução do défice, enquanto a ‘troika’ de credores internacionais continua a avaliar o cumprimento do plano de resgate financeiro.
“A dimensão da recessão justifica que, à semelhança da Espanha, que conseguiu uma extensão, solicitemos uma prorrogação, mas ainda é cedo”, assinalou Stournaras em conferência de imprensa durante a reunião dos ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin).
Stournaras transmitiu esta pretensão aos seus parceiros da Zona Euro durante a reunião da passada segunda-feira do Eurogrupo.
FONTE: Jornal de Negócios