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    Recolha de resíduos sólidos melhorou em Ndalatando

    A Recolix – empresa de saneamento básico e cuidados ambientais contratada pelo Governo Provincial para cuidar da imagem da cidade de Ndalatando – recolheu, no primeiro semestre deste ano, 660 toneladas de resíduos sólidos, revelou ontem o seu director, Rui Melo, em declarações ao Jornal de Angola.
    Rui Melo referiu que os resíduos foram incinerados no aterro sanitário de Kamuaxi, a 12 quilómetros de Ndalatando, cidade onde, em média, os seus mais de 100 mil habitantes produzem todos os dias 110 toneladas de lixo, dos quais dez são depositados em contentores e os restantes recolhidos ao domicílio.
    A área disponível para a deposição do lixo possui apenas 100 metros quadrados, razão pela qual estão a ser realizados estudos de viabilidade, para determinar uma outra zona, com mais espaço e melhor qualidade de solos para o aterro.
    “Os resíduos são enterrados a uma profundidade até 30 metros, respeitando, assim, os parâmetros ambientais”, sublinhou Rui Melo, que adiantou ser intenção da sua empresa a expansão dos serviços de saneamento para os demais municípios, em função da disponibilidade financeira do Governo do Kwanza-Norte.
    Em Ndalatando e arredores, a recolha é feita por 115 funcionários, distribuídos pelas áreas de campo, condução e apoio. Quatro camiões, dos quais duas cisternas de água, retroescavadoras e um basculante, e 162 contentores, estão disponíveis na sede provincial.
    Os trabalhadores directamente envolvidos na recolha do lixo são submetidos trimestralmente a inspecção médica para detectar eventuais problemas de saúde, mas Rui Melo remeteu para a direcção-geral da empresa, em Luanda, a questão sobre a ausência do seguro de saúde.
    A recolha do lixo é feita de manhã e à tarde e as áreas prioritárias são os bairros Camundai e Cerâmica, localizados à entrada e saída da cidade.

    Na periferia, os alvos principais da empresa são os bairros Embondeiros, Kipata, Popular, Miradouro, Azul, Catome de Cima, Tiro aos pratos, Vieta, Sambizanga, Kilamba, Sassa, Hoji ya Henda, Ndalatando, 11 de Novembro, Carreira de Tiro e Cerâmica, num total de 22 bairros.
    “Só não estamos no interior dos restantes aglomerados populacionais por falta de vias de acesso”, sublinhou Rui Melo, que se mostrou, contudo, preocupado com a atitude de alguns cidadãos que insistem em deitar o lixo para o chão, mesmo com os contentores ao lado. Na sua opinião, isto deve-se à falta de educação ambiental de muitos cidadãos, uma situação que pode ser corrigida com um trabalhado de sensibilização, através de palestras, seminários e campanhas a nível da comunicação social.

    Serviços comunitários

    Sobre o saneamento básico na cidade de Ndalatando, o chefe de secção dos serviços comunitários da administração municipal de Cazengo, José Macongo, mostrou-se preocupado com o vandalismo, por parte de algumas pessoas, dos bens públicos, como jardins, paredes de edifícios e contentores para a recolha do lixo.
    “A administração está a trabalhar para melhorar a imagem da cidade, mas nota-se que algumas pessoas vandalizam os bens públicos”, referiu José Macongo, adiantando que tal situação já provocou reuniões com os sobas dos bairros e aldeias para sensibilizarem os munícipes. Deplorou, ainda, o comportamento de estudantes e outras pessoas que fazem dos jardins e outros espaços verdes locais para a prática de exercício físico, “comprometendo a manutenção da relva e outras espécies vegetais ali plantadas”.
    Desde o início deste mês, os serviços comunitários recolheram 20 viaturas que se encontravam avariadas e abandonadas durante muito tempo em várias artérias da cidade de Ndalatando. José Macongo adiantou, por outro lado, que para a recolha de animais domésticos, como cães, porcos, cães, galinhas e cabritos, a administração municipal do Cazengo adquiriu uma viatura específica.
    “As vendas em locais impróprios têm os dias contados, com a inauguração, ainda este ano, do mercado do Catome de Cima”, prometeu o responsável dos serviços comunitários do Cazengo, ao referir-se à proliferação de vendedores ambulantes na capital do Kwanza-Norte.

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