A fábrica de açúcar e álcool Biocom, localizada no Pólo de Desenvolvimento Agro-industrial de Capanda, município de Cacusso, província de Malanje, vai investir, até 2017, 110 milhões de dólares na produção de cana-de-açúcar.
Vocacionada à produção de álcool, etanol e açúcar, o projecto da fábrica contempla uma área de plantação de 32 mil hectares e vai entrar em funcionamento em Outubro de 2013.
O gerente da empresa, Alecio Cantafora, informou que neste momento trabalha-se numa área de 1000 hectares, prevendo chegar aos três mil hectares em Março de 2013.
Informou que a compra de equipamento até 2017 poderá atingir um valor entre 85 a 90 milhões de dólares.
Trabalham na fábrica 642 operários, número que poderá alargar para mil e 400 até 2017.
O ministro da Geologia e Minas e da Indústria, Joaquim David, que visitou o empreendimento, disse que Angola é um país importador de todo o açúcar que consome, e todo o esforço no sentido de reverter tal situação deve ser acompanhado e apoiado.
Referiu que as iniciativas do Executivo em relação ao açúcar têm um apoio importante do Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
“Os trabalhos da fábrica foram retomados a bom ritmo. Estamos a falar de uma indústria e de uma agro-indústria de grande envergadura, onde parte dos equipamentos já se encontram montados e outros por montar”, disse o governante.
Manifestou-se convicto de que a partir de Fevereiro de 2013 começar-se-á a ver uma actividade mais intensa e, eventualmente , no final do próximo ano, o país terá a primeira produção de açúcar.
Segundo o ministro, é uma situação que entusiasma, porque se se complementar este projecto com outros que estão em curso nas províncias do Zaire, Cunene e do Kwanza Sul nos próximos 4 a 5 anos Angola pode passar a exportador de açúcar.
Referiu que a Biocom, para além de produzir o açúcar, terá igualmente o etanol, um componente útil para a gasolina, que trará um excesso de geração de energia colocada na rede.
Portando, disse , “estamos a ver um projecto que vai produzir efeitos múltiplos na vida social e económica . Estamos a falar de investimentos de cerca de 700 milhões de dólares. Um bilião de dólares no Cunene e um número mais modesto na província do Zaire” disse.
Joaquim David frisou que “trata-se de decisões e estratégias importantes por parte do Executivo, de utilização da cooperação com países que têm tecnologias mais avançadas, traduzindo-se também na criação de oportunidade para os técnicos angolanos, no sentido de absorção de tecnologias que não dominamos, melhoria das condições de vida e de uma actividade sustentável”.
Informou que o sector que dirige está a trabalhar com os japoneses no sentido de implementar um projecto de cana-de-açúcar na província do Cunene, tendo sido já elaborado os estudos de viabilidade e de engenharia na área da agricultura.
Segundo afirmou, há possibilidade de obtenção de financiamento japonês para a parte industrial e coreano para agricultura. “Podemos dizer que o início do projecto é imediato”.
FONTE: Angop