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    Artistas plásticos pedem um espaço para a exposição e venda das obras

    Os artistas plásticos do Huambo estão sem espaço para exposição e venda das suas obras, disse ontem ao Jornal de Angola, o representante provincial da União Nacional dos Artistas Plásticos, Pedro Hospital.
    Desde Abril, os artistas deixaram de expor e vender as suas obras junto à biblioteca municipal Constantino Kamoli, local indicado para a realização da feira de artesanato, no âmbito dos 99 anos da fundação da cidade do Huambo, comemorados no ano passado.
    De acordo com Pedro Hospital, a falta de um local para exposição e venda das obras de arte está a criar transtornos aos artistas, que são obrigados a recorrer a amigos ou às suas residências para venderem os trabalhos.
    “Os principais compradores de peças como o pensador, o mapa de Angola, a mulher africana e a zungueira, são os turistas, principalmente estrangeiros, que já conheciam o local habitual, próximo da biblioteca Constantino Kamoli, mas com a nossa retirada de lá, ficamos sem saber o que fazer”, lamentou o responsável.
    Pedro Hospital lembrou que um dos aspectos que também abalou a venda das obras de arte tem muito a ver com o encerramento do Jango Central e o restaurante Novo Império, na Cidade Alta, locais de maior movimentação de turistas, mas mostrou-se esperançado, com a abertura, em breve, do Centro Cultural do Huambo, onde vai estar reservado uma galeria para eles. Por seu turno, a chefe de departamento provincial da Acção Cultural, Vitorina Navimbi, disse que a sua direcção cedeu um espaço no mercado informal da Quissala, com ajuda da administração municipal do Huambo, para os artistas venderem as suas peças.
    “Mas eles alegam distância e falta de clientes, daí terem deixado de frequentar o local e preferirem vender as suas peças de arte na rua, comportamento considerado negativo pela direcção provincial da Cultura e pela própria administração municipal do Huambo”, explicou. Vitorina Navimbi esclareceu ainda que a exposição de peças de arte junto à biblioteca municipal foi temporária, razão pela qual foi retirada assim que terminou o tempo e por isso foi arranjado espaço na Quissala.
    Perante a actual situação, pede calma aos artesãos, uma vez que o Centro Cultural, em construção na cidade, contempla um espaço para a galeria de artes e ofícios onde as obras de artesanato vão ser vendidas. Este ano, adiantou Vitorina Navimbi, para as comemorações do centenário da cidade, a União Nacional dos Artistas Plásticos da província do Huambo vai promover, durante três dias, uma exposição de artesanato urbano, para se venderem os produtos acumulados em casas dos artistas.

    Desde a sua criação, a UNAP no Huambo nunca teve um local próprio para coordenar as suas actividades. A instituição, que foi criada em 2003, conta actualmente com 70 filiados, nas especialidades de pintura, escultura, fotografia artística e artesanato.

    Fonte: JA

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