O embaixador da Síria no Iraque desertou na quarta-feira em protesto contra a repressão militar das forças do presidente, Bashar al-Assad.
Num vídeo publicado na internet, Nawaf al-Fares declarou que se junta, a partir de agora, “à frente da revolução do povo sírio”.
O diplomata é o primeiro a abandonar o governo.
Esta deserção acontece poucas horas depois de Kofi Annan ter pedido ao Conselho de Segurança da ONU que envolvesse o Irão na resolução do conflito sírio.
O que contraria a vontade dos Estados Unidos. A embaixadora norte-americana na ONU, Susan Rice afirmou que o Irão faz parte do problema uma vez que ajuda e abastece o regime de Assad, por isso não será uma ajuda construtiva nesta altura.
A favor da proposta do enviado das Nações Unidas e da Liga Árabe está a Rússia. O embaixador russo na ONU, Alexander Pankin considera que é preciso envolver todas as partes que têm influência e, neste caso, o Irão tem bastante. E nesta altura é preciso esquecer as diferenças de orientação e ideologia.
Além desta divisão, existe também falta de consenso quanto às sanções.
Os Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Alemanha insistem na adoção de medidas contra o governo sírio caso o plano de Annan não seja respeitado, ao passo que a Rússia continua a defender que as sanções devem ser um “último recurso”.
Fonte: EURONEWS