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    Marcolino Moco acusa presidente de negligência na reintegração de ex-militares

    O ex-primeiro-ministro de Angola e secretário-executivo da CPLP, Marcolino Moco, considera ter havido negligência por parte do presidente da república, José Eduardo dos Santos, em relação ao processo de desmobilização e reintegração de ex-militares.

    Moco que reagia ao surgimento do movimento de protestos de milhares de ex-militares e veteranos de guerra em vésperas de eleições em Angola, disse à Voz da América que, actualmente o país vive um clima de tensão e instou a presidente a pronunciar-se sobre a situação.
    “O Presidente da República por este problema tão grave devia se pronunciar e acalmar as pessoas, não só com palavras, mas com actos concretos”, disse Moco.
    Os protestos públicos dos veteranos de guerra têm vindo a ganhar força desde Junho. Veteranos de guerra em Luanda, Benguela e Huíla anunciaram mais manifestações antes das eleições, a não ser que o governo considere as suas exigências de pagamentos regulares de pensões.
    Marcolino Moco condenou a posição das autoridades angolanas, alegando que o governo deve reconhecer o problema tão delicado: “ As manifestações são previstas pela nossa constituição e pelo direito internacional,” disse Moco acrescentando que “ não deveria haver dramatizações, que o governo angolano não deveria enveredar pela tendência de encontrar culpados, devia ser realista, ouvir as pessoas e negociar com elas.”
    Na sequência das manifestações de 20 de Junho em Luanda activistas denunciaram a detenção de 51 veteranos de guerra.
    A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch diz que, 17 veteranos foram alegadamente libertados sem qualquer acusação a 22 de Junho, mas as autoridades policiais, militares e judiciais não deram resposta aos repetidos pedidos daquela organização para que confirmassem os números totais de indivíduos detidos, libertados ou que continuam detidos a aguardar julgamento.
    Dois veteranos de guerra que estiveram detidos durante dois dias contaram à Human Rights Watch que foram forçados a declarar na televisão que os partidos da oposição política estavam por detrás dos protestos e que, posteriormente foram libertados sem qualquer acusação.

    FONTE: Voa

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