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    Luta contra desnutrição infantil com baixos resultados em África

    A luta contra a desnutrição infantil teve progressos nos últimos anos no mundo, mas não vai atingir os objectivos estabelecidos pela Organização das Nações Unidas devido a resultados fracos na África subsaariana e na Ásia do sul, afirma um estudo publicado na quinta-feira.
    As Nações Unidas comprometeram-se a reduzir em metade o número de crianças desnutridas no período compreendido entre finais dos anos 90 e 2015.
    Com base em dados antropométricos, relativos ao tamanho e peso das crianças, o estudo considera que o objectivo das Nações Unidas só pode ser alcançado em 61 dos 141 países analisados.
    Tendo em conta que a nutrição está estreitamente relacionada com o crescimento da criança, o estudo conclui que os atrasos de crescimento (relação entre a altura e a idade) atingiram em 2011 cerca de 30 por cento das crianças menores de cinco anos, o correspondente a 314 milhões, quando em 1985 correspondiam a 47 por cento.
    Segundo o estudo que estamos a citar, a insuficiência de peso está presente em mais de 19 por cento das crianças menores de cinco anos, o equivalente a 258 milhões, dos quais 110 milhões são severa ou moderadamente atingidas, contra 30 por cento no total, em 1985.
    Os progressos, acrescenta o documento, foram importantes na América Latina e na Ásia, especialmente na China e no Vietname.
    Apesar dos progressos significativos na Ásia do sul, a região continua altamente vulnerável, contando com quase metade das crianças de baixo peso no mundo, em 2011. Os atrasos no crescimento são encontrados no Burundi, no Níger, mas também no Afeganistão, no Iémen e em Timor-Leste.

    A desnutrição, segundo o estudo, agravou-se na África subsaariana e na Oceânia, entre 1985 e finais da década de 90, tendo melhorado depois.“Ainda há muitas crianças que não recebem nutrientes suficientes ou que são privadas dos mesmos devido a doenças repetitivas”, revela o professor Majid Ezzati, um dos co-autores do estudo, que defende um “desenvolvimento económico equitativo” e políticas destinadas a ajudar os pequenos agricultores para lutar contra a desnutrição.

    FONTE: JA

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