Os líbios celebraram efusivamente em Tripoli as primeiras eleições livres da era pós-Khadafi.
Apesar das duas mortes e de atos de sabotagem no Leste do país, a missão de observadores europeus indicou que, globalmente, a votação decorreu bem e Bruxelas saudou um escrutínio “verdadeiramente histórico”.
Segundo os dados preliminares anunciados pela Comissão Eleitoral líbia, a taxa de participação atingiu os 60 por cento. Os resultados provisórios só deverão ser conhecidos na “segunda ou terça-feira”.
A Comissão Eleitoral indicou também que, de um total de 1554 assembleias de voto, 98 por cento funcionaram normalmente. As restantes não puderam abrir as portas devido a atos de sabotagem atribuídos a militantes autonomistas.
A alegria eleitoral também era palpável em Bengasi, berço da revolução, apesar dos apelos ao boicote lançados pelos partidários da autonomia, que denunciam a repartição de assentos na Assembleia Nacional. O Leste do país elege 40 deputados, enquanto o Oeste viu atribuídos 100 assentos.
O porta-voz do Conselho Militar da Cyrenaica, região do Leste rica em petróleo, diz que “se as exigências forem ignoradas, o cenário final será que o povo de Cyrenaica irá acumular as reservas de crude e exportá-las por si mesmo, reconstruindo o Estado estabelecido em 1951, o Estado da Cyrenaica”.
O escrutínio ficou também marcado a Leste por duas mortes: um guarda de segurança matou um homem que tentou roubar uma urna em Ajdabiya; outro homem morreu num tiroteio entre apoiantes e detractores do escrutínio em Bengasi.
Fonte: EURONEWS